segunda-feira, 27 de abril de 2015

Gre-Nal 405 termina empatado e decisão do Gauchão fica para o Beira-Rio


Primeiro jogo da final não teve gols neste domingo, na Arena



Gre-Nal da decisão do Gauchão 2015 terminou sem gols e empatado por três razões claras:

1) Houve muita marcação (como sempre).
2) Faltou o homem-gol (Braian e Nilmar não foram bem).
3) Os pensadores (D’Ale e Douglas) pouco fizeram.

Por isso, o clássico ficou no 0 a 0.

Por isso, faltou mais emoção. E mais emoção é o que se espera no jogo de volta de 3 de maio, no Estádio Beira-Rio. Inspirados pela voz bonita de Shana Müller (D’Ale e Fellipe Bastos até arriscaram cantar), que caprichou no Hino Rio-Grandense, os jogadores começaram a partida com o pé no fundo.

Logo no primeiro minuto, Marcelo Oliveira encarnou um ponta-esquerda driblador dos anos 1980 e saiu em direção ao gol de Alisson. Caiu na área, mas Anderson Daronco nada marcou. A seguir, Braian Rodríguez bateu mascado, e o goleiro do Inter colocou para escanteio antes da chegada de Giuliano.

Relembre os lances da partida
O Grêmio mostrava mais sede nos primeiros movimentos de jogo. Em outro lance de Marcelo Oliveira, Maicon, com sua chuteira verde-limão, sozinho, mandou sobre o gol colorado.

O Inter parecia paralisado com a correria imposta pelo time de Felipão. Despertou quando o lateral-esquerdo Geferson aplicou um chapéu em Luan, aqueles de raspar o cabelinho. Aos 25, a melhor chance da equipe de Aguirre. Nilmar, em uma arrancada bem característica, saiu a dribles e a bola sobrou para Sasha, que, impedido, chutou pelo lado.

O Grêmio continuava um pouco melhor. Douglas bateu de esquerda e Alisson defendeu. Agitado, Felipão balançou a cabeça. O técnico tricolor não saiu do espaço reservado aos técnicos. Aguirre ia e voltava, colocava a mão no queixo. Passava poucas instruções.

Torcedor Colorado ZH: com Valdívia, Inter é muito superior ao Grêmio

Valdívida entrou e mudou o jogo

Antes de Daronco terminar a etapa inicial, William, claramente assustado nos primeiros minutos, chutou cruzado, levando perigo a Grohe. No intervalo, o goleiro gremista resumiu os primeiros 45 minutos assim:

— Foi um jogo aguerrido.

Aguerrido, sim. Mas o Grêmio foi melhor.

O segundo tempo foi bem diferente. E essa diferença tem nome e cabelos longos: Valdívia. Ele transformou o Inter. E a partida. Jogador vertical, levou a equipe de Aguirre à frente. Aos 13, em contra-ataque, D’Ale arrancou e bateu firme para a defesa também firme do goleiro. Aos 17 minutos, um baque no Grêmio: Geromel foi expulso ao derrubar Valdívia. Aos 24, outra boa chance para os colorados, outra iniciativa de Valdívia, finalizada por Sasha. Em todas, Marcelo Grohe brilhou.

Para tentar mudar o cenário favorável ao Inter, Felipão mandou Cebolla a campo aos 26 minutos. A torcida vibrou. Um torcedor tricolor gritou: “Vai Cebollita, mostra para eles”. O uruguaio mostrou garra, tentou, mas pouco ajudou.

O clássico terminou sem gols. O Grêmio, com um homem a menos, achou bom o empate. O Inter, com um homem a mais, e mais determinado no segundo tempo, poderia ter voado mais alto na Arena.

Fonte: *ZHESPORTES