segunda-feira, 25 de julho de 2016

Com gol de Ariel, Inter arranca empate contra a Ponte Preta

Com atuação muito ruim e um jogador a menos, Colorado buscou o empate aos 37 minutos da etapa final


Foto: Ricardo Duarte / Inter/ Divulgação

Foi um lance de centroavante. A cobrança de falta de Vitinho para a área do Ponte Preta encontrou Ariel. O argentino se esticou e conseguiu cabecear no gol aos 37 minutos do segundo tempo. O Inter conseguia ali o empate em 2 a 2 e um ponto milagroso no Estádio Moisés Lucarelli depois de um futebol precário e cheio de erros.

Não era exatamente o que Falcão preconizou em frase elegante segundo a qual o balão é uma ilusão de 15 segundos. Como um time viciado, cheio de cacoete, o Inter ainda seguiu os chutões e a "ligação direta" dos tempos do técnico Argel. Com Bob e Anselmo à frente da área, o trabalho de contenção não foi tão seguro. Com os armadores, muito menos. Nem Ferrareis, Valdívia ou Sasha conseguia colocar a bola ao chão e pensar o jogo. É verdade que a Ponte também não primava pelo bom futebol. E o que se viu foi um jogo feio dois dois times, além de uma arbitragem desastrosa.

Já aos 15 minutos, a Ponte reclamou de uma bola no cotovelo de Anselmo, depois do clute de Douglas Grolli — e assim o time paulista insistiu no ataque, embora de forma desorganizada. Aos 20 minutos de jogo, havia quatro escanteios para a Ponte.

O Inter teve um sopro de reação aos 25 minutos. Sasha foi acionado pelo lado direito de ataque, mas foi derrubado por Reinaldo. A bola sobrou para Vitinho, que pedalou sobre a zaga e serviu a entrada de Valdívia pelo centro. Valdívia dominou com o pé esquerdo, livrou-se de Fábio Ferreira e chutou com o pé direito diante do goleiro João Carlos. Poderia ali ser o marco da reação do Inter.

Mas não. A Ponte continuou melhor e foi à procura do empate. Aí surgiu a figura de Geferson. Sempre distraído, perdeu a bola à frente da área. Na continuação do lance, Maicon acertou um chute forte pelo alto. A bola encontrou o travessão e bateu dentro do gol. O árbitro Leonardo Garcia Cavalheiro não viu.

O gol da Ponte já vinha se desenhando. Mas, aos 42 minutos, surgiu um raro lance limpo, sem o perde-e-ganha que caracterizava o jogo. Em uma pane geral do sistema defensivo do Inter, Rhayner, com a bola dominada diante da área, viu quatro jogadores à sua frente. Paulão, Ernando e os volantes. Mas viu também o companheiro Roger, sozinho entre eles. E não foi um recurso da zaga para deixar Roger impedido. Ernando dava condições. Foi mal posicionamento. Roger recebeu o passe, deu dois passos, Lomba saiu desesperado e o atacante apenas desviou para empatar.

Mal havia iniciado do segundo tempo, o zagueiro Ernando rebateu ao estilo antigo um balão que chegava à área do Inter. Rebateu, como sempre. É claro, a bola voltou, como na frase de Paulo Roberto Falcão. E voltou despretenciosa, com um lançamento pelo alto à procura de Wendel. Geferson estava no lance. A bola viajou. E Geferson permitiu a chegada de Wendel. Surpreendido com a indecisão de Geferson, Lomba saiu, mas aí Wendel já havia empurrado a bola para o fundo das redes.

Geferson, o lateral que já foi convocado para a Seleção Brasileira, ainda contribuiria com outro lance em que Paulão teve de se virar e teria cometido pênalti sobre Clayson.

O jogo se manteve com o mesmo perfil de mau futebol, e a situação ainda piorou ao Inter quando Ferbando BoB foi expulso aos 13 minutos do segunto tempo. Na sequência, Falcão colocou o argentino Ariel no lugar de Valdívia, Anderson no de Ferrareis e desencavou Marquinhos, no lugar de Sasha.

Numa bola levantada para a área, aos 37 minutos do segundo tempo, Ariel fez de cabeça o gol de empate, que já parecia improvável.

Fonte: *ZHESPORTES