quinta-feira, 23 de julho de 2015

Inter perde por 3 a 1 para o Tigres e está fora da Libertadores


Time de Diego Aguirre não mostrou o mesmo desempenho de outros jogos e foi dominado no México

Foto: ALFREDO ESTRELLA / AFP


O Vulcão não é apenas um apelido. É a grande armadilha que abalou o Inter com os 3 a 1 e a classificação talentosa à final da Libertadores contra o River Plate. O Inter não pareceu jogar uma decisão de semifinal. Foi tenso demais. E sem a competência necessária, a ponto de sofrer gol contra e outro de linha de passe dentro de sua área. Não mereceu. Talvez jogue todo o gás no Brasileirão.

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O Tigres pareceu mais voluntarioso do que calculista, como havia sido no Beira-Rio. E o Inter tocou bola com confiança, e até provocou a ira da torcida. Aos 14 minutos, Sobis perdeu a compostura, não conseguiu driblar Geferson, deixou escapar à lateral e jogou-a no corpo do jogador do Inter. Depois, em escanteio, inflamou a torcida.

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Na sequência, em cruzamento de Damm, o grandalhão Gignac de novo levou vantagem sobre William. Quase uma continuação do que havia acontecido no Beira-Rio. Desta vez, o francês marcou o 1 a 0, ao pular de cabeça sobre o lateral e acertar o canto esquerdo de Alisson. Eram apenas 17 minutos de um jogo tenso.

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Gignac perderia um lance de gol ao errar chute de primeira em outro cruzamento de Damm. O Inter não teve paz. Por vezes se submetia à marcação por pressão feita pelo Tigres. Por vezes, D'Alessandro fazia o time voltar ao toque de bola. Numa dessas, Valdívia, agora do lado esquerdo, fez o goleiro Guzmán trabalhar em chute forte de meia altura.

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Mas aí aconteceu ao lateral Geferson a pior das fatalidades a um jogador em decisão. Ao tentar afastar um cruzamento, ele jogou a bola para o seu próprio gol. Alisson não estava lá, tinha saído para interceptar a jogada. E a bola tomou o endereço das redes.

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Era 2 a 0. Gignac abraçou-se às redes chutando a bola. Geferson ficou estendido no chão, com a cabeça enterrada no gramado. Durou uma eternidade até que Juan viesse socorrê-lo e tentasse levantá-lo. Alisson deu uns tapinhas nas costas, e tudo isso em meio ao barulho infernal do Vulcão.

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Ainda haveria um cobrança de falta aos 45 minutos. A um passo da área, Juninho chutou a centímetros do travessão. Na saída para o intervalo, os jogadores saíram quietos, não se falaram, o técnico substituto os acompanhou calado ao vestiário. Mas Alex saiu às pressas do banco para tentar alcançar os companheiros numa espécie de correção de rota que haveria de ocorrer em 15 minutos.

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O Inter tratou de voltar rápido do intervalo. Valdívia saiu da direita da linha de três, trocou com D'Alessandro. O plano de Valdívia na direita para ajudar William na marcação tinha caído por terra. Mas William continuou em sua noite de problemas.

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Quando não era Gignac, era Aquino, que o driblou três vezes dentro da área. Três cortes de futsal. No terceiro, o lateral fez pênalti. Rafael Sobis bateu e Alisson pegou firme em seu canto esquerdo. Grande alívio, justo na hora em que o Inter devia reagir aos 2 a 0 rangindo os dentes.

O heroísmo do goleiro não surtiu efeito nos companheiros. Aos 10 minutos, o Tigres entrou aos passes na área do Inter, até a conclusão de peixinho de Arévalo Ríos, em cruzamento de Damm. O sistema defensivo colorado mal se continha. Os 3 a 0 eram a prova.

Então o senhor Enrique Carrera mandou Sasha a campo. A estratégia de mantê-lo no banco para usá-lo como opção de velocidade em busca de um gol no momento certo agora estava desfigurada. Mal entrou no lugar de Nilmar, de atuação e ânimo apagadíssimos, Sasha cabeceou sobre o goleiro Guzmán, que defendeu no reflexo.

Alex substituiu Valdívia, que cansou de tanto tentar salvar a pátria sozinho, por completa falta de opção. E Rafael Moura tomou o lugar de William, que é novo, mas deve ter feito contra o Tigre as duas piores partidas da curta carreira. Lisandro López faria o único gol colorado, que caiu diante do Vulcão.

Como teria reagido o técnico Diego Aguirre em um camarote do Estádio Universitário. Com que aflição viu seu time se esvair diante de um Tigres de maior força, melhor futebol, maior coração?

Fonte: *ZH ESPORTES

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Com gols de Eduardo e Sasha, Inter vence o Goiás no Beira-Rio

Time misto armado por Aguirre conseguiu bom resultado em casa


Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS

Sasha, Juan, Anderson e Eduardo foram as boas notícias do sábado colorado. A vitória do Inter sobre o Goiás, por 2 a 1, no Beira-Rio, contou com atuações consistentes de Sasha e de Juan, que poderão começar a partida de quarta-feira, na decisão da semifinal da Libertadores, contra o Tigres, no México, além de Anderson, que mudou o time no segundo tempo e do jovem zagueiro, autor do primeiro gol colorado. O segundo, o que garantiu a segunda vitória consecutiva do Inter no Brasileirão, foi do recuperado Sasha.

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Se dependesse apenas do primeiro tempo, talvez a direção tivesse que oferecer mais um jogo grátis para os torcedores que assistiram ao Inter e Goiás — assim como fez com o jogo desse sábado, com aqueles colorados que acompanharam a recente derrota para o Flamengo no Beira-Rio. Além da cabeça do Inter estar no México, e na decisão da semifinal da Libertadores contra o Tigres, o espírito de muitos jogadores também parecia já estar em Monterrey.

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Ainda que o Goiás, mesmo com a força máxima, esteja perto do Z-4, os colorados fizeram uma partida pobre, sem criatividade nem alternativas de jogo. A única boa notícia foi a recuperação total do zagueiro Juan. O veterano camisa 4 defendeu bem e foi ao ataque. Ao lado de Muriel, foi o mais interessado em campo pelo time de Diego Aguirre.

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Em um dos piores momentos do Inter na temporada, a etapa inicial teve uma única boa chance de gol. E foi do Goiás. Aos 20 minutos, Murilo entrou como quis pela direita e bateu no cantinho direito. Muriel salvou o Inter.

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— Temos que mexer a bola um pouco mais rápido e também ter um pouco mais de inspiração — analisou Alex, no intervalo.

De bom mesmo no primeiro tempo, a confirmação da arrecadação de mais de 3 toneladas de alimentos da torcida do Inter para auxiliar as vítimas da enchente dessa semana no Rio Grande do Sul.

No segundo tempo, com Anderson no lugar de Juan (preservado, para evitar uma nova lesão) e com Nilton na zaga, o Inter melhorou. Passou a ter articulação no meio-campo e chegadas mais contundentes à frente. Logo aos dois minutos, Anderson passou para Sasha, dentro da área. A bola sobrou para Alex, que bateu em curva, rente à trave.

Réver saiu lesionado, aos 11 minutos. Uma contusão no tornozelo o tirou do jogo. O jovem Eduardo, de 19 anos, foi a campo, a fim de recompor a zaga. Dois minutos depois, Sasha cabeceou para a área do Goiás, Renan tirou de soco mas a bola bateu no peito do zagueiro Felipe Macedo e sobrou limpa para Eduardo chutar para o gol vazio. Alívio no Beira-Rio, Inter 1 a 0.

A vantagem tirou um pouco o apetite do Inter por gols. O time de Aguirre reduziu a pressão e permitiu os avanços goianos. Aos 33, a punição. Lucas Coelho cavou uma falta em cima de Nilton e o árbitro marcou pênalti. Felipe Menezes cobrou e empatou: 1 a 1.

Aos 42, porém, a redenção. Vitinho cobrou escanteio, Renan subiu sozinho, mas, em vez de agarrar a bola, fez quase um passe de vôlei, para trás, exatamente na cabeça de Eduardo Sasha, que empurrou para o gol e saiu para comemorar a vitória em seu retorno ao time titular.

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Fonte: *ZHESPORTES