sábado, 11 de abril de 2015

Com reservas, Inter vai a Rio Grande enfrentar o Brasil-Pel


Diego Aguirre escala neste sábado a 21ª equipe em 21 partidas em 2015
Foto: Diego Vara / Agencia RBS


Inter e Brasil-Pel começarão a decidir neste sábado, às 16h, no Estádio Aldo Dapuzzo, uma das semifinais do Gauchão. A partida de ida ocorrerá em Rio Grande porque o Bento Freitas segue interditado. Este será o 21º jogo oficial do time de Diego Aguirre na temporada e a 21ª escalação diferente.

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O técnico uruguaio impôs uma rotina distinta daquela que o futebol gaúcho estava acostumado, com rodízio de atletas. Foram utilizados 33 atletas até agora. Problema de entrosamento ou de fixação de titulares ou ainda a falta de um sistema de jogo? Não para Aguirre.

— Tenho total confiança nos meus atletas. Com os jogadores que tenho, fecho os olhos e posso colocar cada um deles no time — respondeu o uruguaio.

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Diego Aguirre revelou que fixará uma mesma formação assim que o Inter tiver uma partida por semana — o que poderá ocorrer a partir de junho, no Brasileirão, quando a Libertadores terá sido interrompida para as semifinais devido à disputa da Copa América.

— Acho que o melhor é rodar os atletas, estou convencido disso. Aqui tem tantos jogos... Em uma competição normal, de semana a semana, concordo que tenha que haver um time fixo, para ter descanso, funcionamento. Mas, aqui, é impossível. Tenho a convicção que, time que se repete, cai de rendimento. É uma coisa científica, mostrada, comprovada. Jogadores, com muitas repetições e sem descanso, irão se machucar — argumenta o técnico.

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Por encarar três partidas importantes em nove dias, o Inter de Aguirre mandará pela oitava vez na temporada um time suplente a campo. De hoje até o dia 19, o clube jogará o mata-mata semifinal do Gauchão contra o Brasil e terá a decisiva partida pelo Grupo 4 da Libertadores diante da Universidad de Chile, em Santiago.

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Como o regulamento da semifinal é semelhante ao da Copa do Brasil, com gol qualificado, o Inter não esconde que atuará até por empate em Rio Grande.

— Não acredito em favoritismos. Obviamente, o Inter tem a obrigação de passar, pela história, pela tradição. É um jogo muito difícil contra o Brasil, mas teremos a revanche aqui. Um empate não será ruim — finalizou Aguirre.

Opiniões

Arnaldo Ribeiro - comentarista do canal ESPN

"Gosto e acho necessária a experiência com técnicos estrangeiros. E entendo que essas experiências demandam ao menos um ano — para uma mínima avaliação. Gosto e penso ser o conceito mais moderno: um time para cada adversário. Rodar inteligentemente o elenco, armando o time de acordo com as características do inimigo. No Brasil, estamos acostumados ao time-base. Aquele time 'decorado', do goleiro ao ponta esquerda. O técnico que procura colocar um time de acordo com o adversário é logo taxado de 'professor Pardal'. Vide Carpegiani, Adilson Batista. Creio que depois de um período de adaptação, Aguirre será compreendido. Só temo que isso dependa de resultados num irrisório Estadual."

Paulo Vinícius Coelho, comentarista do canal Fox Sports

"Acho ruim. É claro que, quando se fala em formações diferentes em 21 jogos, logo se pensa em um time que nunca atuou junto. Não é o caso. Mas se espera que a equipe tenha pelo menos um setores já bem formado. A partir daí, sim, se monta o time. Mas me parece que o Inter não está aproveitando o Gauchão para montar o seu time da Libertadores. Assim, fica muito mais difícil montar o time de verdade."

BRASIL-PEL

Eduardo Martini; Wender, Cirilo, Brock (Fernando Cardozo) e Rafael Forster; Leandro Leite, Nunes, Diogo Oliveira (Galiardo) e Felipe Garcia; Alex Amado e Nena.

Técnico: Rogério Zimmermann

INTER

Muriel; William, Alan Costa, Réver e Alan Ruschel; Nico Freitas, Nilton, Jorge Henrique, Valdívia e Alex; Rafael Moura.

Técnico: Diego Aguirre

Arbitragem: Anderson Daronco, auxiliado por Alexandre Kleiniche e Leirson Martins

Local: Estádio Aldo Dapuzzo

Horário: 16h

Ingressos: Arquibancada R$ 80 (até a abertura dos portões) e R$ 160 (assim que os portões forem abertos)

Abertura dos portões: 13h30min

O jogo no ar: Premiere transmite, consulte sua operadora para saber o canal. ARádio Gaúcha abre a jornada às 15h10min. Acompanhe o jogo ao vivo em www.zerohora.com/esportes.

Fonte: *ZHESPORTES

domingo, 5 de abril de 2015

Inter vence Passo Fundo por 2 a 0 e confirma melhor campanha


Valdívia e Alex marcaram os gols colorados no Beira-Rio

Valdívia marcou o primeiro gol colorado no Beira-RioFoto: Diego Vara / Agencia RBS


No final de semana em que completou 106 anos, o Inter venceu o Passo Fundo no Beira-Rio por 2 a 0, gols de Valdívia e Passo Fundo, e confirmou a melhor campanha na primeira fase do Gauchão. Jogará em casa as quartas de final na próxima quarta-feira contra o Cruzeiro.

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Apesar do placar tímido no Beira-Rio, os pouco mais de 12 mil torcedores que foram ao estádio puderam assistir a uma das melhores atuações coletivas do time de Diego Aguirre na temporada. Troca de passes rápidos, domínio de bola, controle dos setores, aproximação entre os volantes e os meias, consistência defensiva. Tudo o que se pedia do time nas últimas semanas. Foi a sétima vitória consecutiva no Gauchão, e o sétimo jogo seguido sem sofrer gols.

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O Inter se jogou ao ataque logo no início do jogo no Beira-Rio. Valdívia, William, Nilmar e Vitinho testaram Juliano em uma série de chutes em que o goleiro do Passo Fundo poderia ser eleito o melhor da partida com as quatro defesas em sequência em menos de 10 minutos de partida. O perigo proporcionado pelo Inter em muito teve a ver com posse de bola e troca de passes em velocidade, principalmente no meio-campo. Mesmo sem o camisa 10 D'Alessandro - que viajou para Buenos Aires com a família em uma "folga programada" - Alex, Valdívia e Vitinho proporcionavam não apenas rapidez no setor, mas qualidade na triangulação.

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Ainda que a partida tenha perdido intensidade a partir dos 15 minutos, só o Inter jogou na primeira etapa no Beira-Rio. O Passo Fundo, quando muito, apostava nos contra-golpes e na velocidade do goleador Michel. Isolado no ataque, o artilheiro do Gauchão era presa fácil para os botes de Paulão e Réver. A facilidade da dupla de zaga colorada era tamanha que Réver, mais de uma vez, se aventurou ao ataque.

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– Está um jogo difícil, truncado. Se capricharmos mais na finalização no segundo tempo poderemos ter mais êxito. Parece que estamos ansiosos na hora da finalização – resumiu Réver ao final do primeiro tempo.

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O Inter voltou para a etapa final com o mesmo ímpeto do início da partida. O pecado se mostrava sempre no momento da finalização. Ou esbarrava no competente goleiro Juliano ou no paredão de cinco, seis jogadores proposto pelo técnico Beto Campos.

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Como só o Inter atacava, Diego Aguirre retirou Nilton e apostou em Luque e mandou Rafael Moura a campo para a vaga de Vitinho. O Inter melhorou. O centroavante entrou em campo aceso. Obrigou Juliano a duas ótimas defesas aos 22 minutos, de pé esquerdo, e de cabeça, dois minutos depois. Luque aumentou a velocidade do Inter.

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Virou treino. E, de tanto pressionar, o gol era questão de tempo. Aconteceu aos 26, quando Valdívia apenas escorou um ótimo cruzamento de William. Depois, com mais chances, o gol do placar final só saiu aos 42: em contra-ataque rápido, Alex pegou a sobra de Luque e encheu o pé para fazer o 2 a 0.

Fonte: *ZHESPORTES