quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Com pênalti polêmico, Inter perde para o Corinthians e joga a vida no Beira-Rio


Se não vencer na próxima rodada, equipe de Lisca pode ser rebaixada pela primeira vez na história
Foto: Marco Galvão/FotoArena/Agência Lancepress


Parece questão de tempo para o rebaixamento do Inter. Nesta segunda-feira, no Itaquerão, com estreia de técnico, a três rodadas do fim do campeonato, viu-se o de quase sempre neste Brasileirão: derrota. Sem vencer há seis meses longe do Beira-Rio, o time perdeu para o Corinthians por 1 a 0, gol de pênalti de Marlone, e agora precisa tirar, em dois jogos, três pontos do Vitória (ou quatro do Sport). A matemática da Série B pode ser oficial já na próxima semana. Se perder para o Cruzeiro, em casa, e o time baiano empatar com o Coritiba, o 2017 colorado será na segunda divisão nacional.

O primeiro Inter de Lisca teve uma surpresa: Aylon ganhou a vaga de Valdívia, na relação com o último time montado por Celso Roth. Paulão ficou ao lado de Ernando na zaga, Sasha e Anderson no meio, Geferson na lateral.

Se havia algum temor sobre uma pressão de corintianos, sedentos por um rebaixamento do Inter, nada se confirmou nas arquibancadas. Acostumado a receber grandes públicos, desta vez o Itaquerão tinha vazios em todos os setores e suas 19.769 pessoas.

Mesmo assim, o começo do jogo foi dos donos da casa, atendendo aos poucos, mas barulhentos torcedores. Aos dois minutos, Paulão precisou salvar, de carrinho, uma conclusão de Romero dentro da área. A intensidade dos paulistas era mais forte, forçando o time gaúcho a se defender e afastar de todos os jeitos.


E quando não tirou, Danilo fez milagre. Tudo começou quando Vitinho errou um passe no meio do campo. A bola chegou até Marquinhos Gabriel, que driblou William com facilidade e cruzou. Geferson tirou de cabeça. No rebote, Camacho, Marlone e Fagner tabelaram pela direita e o goleiro do Inter fez uma defesa impressionante, à queima-roupa, na conclusão de Camacho.

Devagar, o ritmo corintiano foi diminuindo e o Inter se estabilizou. Quase achou um gol, inclusive. Vitinho tentou cruzar, a bola desviou na zaga e enganou o goleiro Walter, que foi encoberto, mas passou ao lado da trave.


Truncada, a partida só voltou a ter chance novamente aos 32 minutos. A zaga do Inter cortou mal uma tentativa de ataque corintiana, que, mais uma vez, partiu pela direita (esquerda defensiva). Fágner cruzou para trás e Marlone, da marca do pênalti, chutou por cima do travessão.

O Inter voltou do intervalo sem Vitinho, substituído por Seijas. Assim, Aylon foi para o centro do ataque. Aos nove minutos, foi repetida a frase mais repetida do futebol brasileiro: pênalti para o Corinthians. Em um levantamento para a área, Romero foi ao chão e o árbitro viu uma falta. Na cobrança, Marlone bateu forte, no canto, sem chances para Danilo.


Imediatamente após o gol, Lisca tirou Sasha e colocou Nico López. O Inter até criou coragem. Geferson e Anderson tabelaram pela esquerda, mas a conclusão do meia foi fraquinha, na mão do goleiro. Mas mesmo a dedicação ao jogo esbarrava no nervosismo e na falta de qualidade. Por outro lado, o Corinthians aproveitava as brechas. Aos 26, Marlone arriscou de fora da área, no canto, mas a bola explodiu na trave. Depois, Vilson perdeu sozinho, de cabeça.

No final, na base da loucura, já com Valdívia no lugar de Aylon, o Inter se atirou para o ataque. Nico López foi o personagem, arriscando duas vezes de perna esquerda.

O Inter afundou.

Fonte: *ZHESPORTES

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Inter cede empate para a Ponte Preta e se complica na luta contra o rebaixamento


Resultado manteve equipe de Celso Roth atrás do Vitória
Foto: André Ávila / Agencia RBS


A noite de 17 de novembro de 2016 poderia ter sido pintada em vermelho e branco. Só não foi por culpa exclusiva de um time: o Inter. Na Vila Belmiro, o Santos bateu o Vitória por 3 a 2, dando a chance ao time de Celso Roth sair da zona do rebaixamento ganhando a partida contra a Ponte Preta. Mas, como é hábito nesse Brasileirão, o Inter falhou. De novo. O 1 a 1 com os paulistas deixou Roth e seus comandados no Z-4 — empatados em 39 pontos com o Vitória, mas perdendo nos critérios de desempate. Restam três partidas para o fim. E o Inter terá três clássicos pela frente: Corinthians, Cruzeiro e Fluminense. O Vitória jogará contra Figueirense, Coritiba e Palmeiras. E apenas um clube parece jogar contra o Inter: o Inter. Logo depois da partida, o vice de futebol Fernando Carvalho, anunciou a saída do técnico Celso Roth do time.

Heber Roberto Lopes nem bem havia dado início ao jogo de Porto Alegre quando, em Santos, Ricardo Oliveira marcou 2 a 1 para o time da casa. Resultado: comemoração nas arquibancadas do Beira-Rio. Parecia gol do Inter. Bem, os colorados levariam mais 11 minutos para voltar a comemorar. Após um começo elétrico, o Inter conseguiu o gol em um contra-ataque. Anselmo desarmou um adversário e passou para Valdívia. O cabeludo da camisa 29, que havia sido julgado e apenas multado no STJD, ao final da manhã, encontrou Anderson, que devolveu para Valdívia marcar, se esticando todo e desviando a bola com o pé direito, na pequena área. O Beira-Rio respirava aliviado. Mas por pouco tempo.

O Inter fez 1 a 0 cedo, mas não conseguiu mais pressionar a Ponte. E os paulistas volta e meia contra-atacavam, e a tensão no estádio crescia. Qualquer erro poderia fazer o Inter desabar em campo _ como no inconcebível empate em casa com o Santa Cruz.


— Não podemos recuar, deixar a equipe deles vir para cima. Temos que tentar fazer mais gols — disse Valdívia, no intervalo.


No segundo tempo, a Ponte Preta voltou com dois atacantes, Rhayner e o ex-Inter Wellington paulista, nos lugares do zagueiro Douglas Grolli e do atacante Felipe Azevedo. E a Ponte só não empatou o jogo aos 10 minutos porque o Inter tem ao menos um grande goleiro. Com a defesa envolvida, Pottker ficou cara a cara com Danilo, que salvou o time _ uma vez mais. O problema é que, um minuto depois, nem Danilo salvou. Em cobrança de escanteio, Antônio Carlos subiu sozinho e cabeceou para empatar.


O gol foi merecido para um time que recuou demais em vez de avançar. Celso Roth foi vaiado ao mencionar trocar o lesionado Paulão por Alan Costa, enquanto a torcida pedia "Seijas, Seijas, Seijas". O técnico perdeu para a torcida e mandou Seijas a campo. Nesse momento do jogo, o Inter já havia sido dominado pelo nervosismo e nada mais parecia dar certo. A ponte quase virou com Clayson. O Inter era um time desesperado em campo.


Nem mesmo com o grito da torcida o Inter conseguiu reagir. Talvez essa tenha sido a última chance de passar o Vitória. O Inter parece caminhar com vigor rumo à Série B. Restam três rodadas para o ano acabar, para que o time de Celso Roth aponte qual será o futuro do clube a partir de 2017. O Inter está em apuros. E parece aquele que menos se ajuda.

Fonte: *ZHESPORTES