sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Inter sofre gol no final e perde para o Atlético-MG no Beira-Rio


Colorado criou muitas oportunidades, mas perdeu por 2 a 1 na partida de ida da semifinal da Copa do Brasil


Foto: André Ávila / Agencia RBS


Se existe injustiça em futebol, ela apareceu na noite desta quarta no Beira-Rio. Depois de criar pelo menos cinco chances claras de gol, o Inter perdeu por 2 a 1 para o Atlético-MG na primeira partida das semifinais da Copa do Brasil. Agora, para se classificar, precisará vencer no Independência e pelo menos marcar dois ou mais gols na semana que vem.


Celso Roth escalou o time que treinou na terça, com Fabinho na lateral, William no meio, aberto pela direita, Anderson no meio e Alex na esquerda. Marcelo Oliveira, por sua vez, apresentou uma surpresa: colocou Rafael Carioca, volante, no lugar de Clayton, atacante. Mais resguardado, esperava segurar o ímpeto inicial do Inter. Nem precisou.

O jogo já começou praticamente 1 a 0. Aos três minutos, um lançamento pela direita gerou uma disputa entre Pratto e Alan Costa. O argentino ganhou, foi à linha de fundo e cruzou para trás. Paulão salvou, mas a bola voltou para Alan Costa, que viu Pratto antecipar e rolar para a área, onde Otero chegou para concluir de carrinho e vencer Danilo.

Aos 11, o empate não chegou por detalhe. Aylon começou a jogada pela esquerda, foi desarmado, mas o rebote voltou para William, que cruzou na cabeça de Aylon, para fora.


Depois de um período morno, o jogo voltou a esquentar quando Aylon sofreu falta, Alex cobrou, a zaga afastou e o rebote de William sobrou para Anderson concluir, mas já havia impedimento. No Atlético, Pratto comandava as ações. Com vantagem sobre Alan Costa e Paulão, o centroavante segurava a bola e iniciava os lances ofensivos. Do outro lado, o centroavante colorado tentava quase sozinho empatar a partida. Aos 29, Anderson foi à linha de fundo, cruzou para William, que dividiu com a zaga. Aylon pegou a sobra e chutou de pé direito, ao lado da trave de Victor.

A resposta do Atlético não demorou. Otero recebeu na entrada da área e arriscou, por cima.

Antes dos 40, o Inter perdeu duas chances. Na primeira, Alex isolou uma cobrança de falta de dentro da meia-lua. Na segunda, uma troca de passes de Dourado e Anderson foi até Geferson, que cruzou na cabeça de William, dentro da área pequena, mas ele desperdiçou.

Com o segundo tempo, voltou o temporal. A chuvarada acompanhou dois times sem modificações, que tentaram repetir o início em alta velocidade do primeiro tempo. Desta vez, porém sem gols. Mas com chances perdidos.

Aos seis, a falta de William foi para Alan Costa, que ajeitou para o meio, onde Anderson e Eduardo Henrique se atrapalharam e a zaga salvou. Aos oito, Alex bateu escanteio, Aylon cabeceou, Victor fez milagre e, no rebote, Paulão completou para fora. Aos nove, Anderson deu belo passe para William, sozinho, chutar para fora.

O Atlético só respondeu aos 12, com Leandro Donizete arriscando de longe, para fora. Na sequência, uma boa trama mineira achou Otero na esquerda. O venezuelano encheu o pé, Danilo defendeu parcialmente e salvou no rebote. Roth colocou Sasha no lugar de Alex. E depois desta troca, Victor fez duas defesas importantes. A primeira foi inusitada: um chutão de Paulão de seu campo de defesa quase encobriu o goleiro. A segunda foi um chute em curva, no canto, mas o camisa 1 voou e espalmou.

Aos 25, o empate chegou. Fábio Santos tentou dar balãozinho em William e perdeu a bola para Anderson. No movimento, o lateral derrubou o colorado. Pênalti, que William bateu com habilidade e fez seu primeiro gol como profissional.

Com Valdívia e Vitinho (no lugar de um aplaudido Anderson) o Inter partiu para a virada. Mas quase viu o Atlético passar à frente com uma cabeçada forte de Pratto, defendida por Danilo. Pouco antes do final, Vitinho perdeu o gol da virada ao chutar, de dentro da área, e Victor defender.

Aos 44, um castigo. Um contra-ataque puxado por Cazares serviu Luan, que, com inteligência, deixou Pratto sem goleiro para fazer o 2 a 1.


COPA DO BRASIL, SEMIFINAL, 26/10/2016

INTER (1)
Danilo Fernandes; Fabinho (Valdívia, 19'/2°), Paulão, Alan Costa e Geferson; Rodrigo Dourado, Eduardo Henrique, William, Anderson (Vitinho, 33'/2°) e Alex (Sasha, 14'/2°); Aylon.
Técnico: Celso Roth

ATLÉTICO-MG (2)
Victor; Carlos César, Gabriel, Erazo e Fábio Santos; Rafael Carioca (Lucas Cândido, 29'/2°), Junior Urso, Leandro Donizete e Otero (Luan, 14'/2°); Robinho (Cazares, 33'/2°) e Pratto.
Técnico: Marcelo Oliveira

Gols: Otero (A), aos 3 minutos do primeiro tempo, William (I), aos 24 minutos do segundo tempo, e Pratto, aos 44.

Cartões amarelos: Leandro Donizete e Rafael Carioca (Atlético-MG)

Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique, auxiliado por Rodrigo Henrique Correa e Bruno Boschilia

Renda: R$ 394.340
Público: 30.118 (27.233 pagantes)

Local: Beira-Rio

PRÓXIMO JOGO – BRASILEIRÃO
29/10/2016 – 18H30MIN
INTER X SANTA CRUZ

Fonte: zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/inter

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Em jogo marcado por confusão e agressões, Grêmio e Inter empatam sem gols na Arena


Edílson e Rodrigo Dourado foram expulsos após confusão generalizada no segundo tempo
Foto: Bruno Alencastro / Agencia RBS


Sobrou garra, faltou qualidade. O Gre-Nal deste domingo teve socos, expulsões, público recorde na Arena, mas nenhum dos dois times mostrou competência suficiente para fazer gol. O Grêmio, que usou força quase a força máxima, manteve-se fora do G-6 e apostará tudo na Copa do Brasil para chegar à Libertadores. Já o Inter, beneficiado por resultados paralelos, começa a exorcizar o fantasma do rebaixamento.

O primeiro tempo foi morno. Até os 15 minutos, quando Ceará deu o primeiro chute, sem direção, o único instante em que a torcida do Grêmio se manifestou foi a falta de Bolaños, que, com o cotovelo, atingiu a barriga de William. O lance remeteu ao Gre-Nal de março, em que o equatoriano teve a mandíbula atingida pelo colorado. Houve bate-boca entre os jogadores, mas o árbitro Francisco Carlos do Nascimento conseguiu contornar a situação sem cartões amarelos.

Sem Douglas, poupado, o Grêmio carecia de criatividade. Improvisado como meia, William ocupou-se muito mais de dar o primeiro combate a Marcelo Oliveira do que em armar. Bolaños levava desvantagem contra os grandalhões Paulão e Ernando. Vitinho buscava os habituais espaços pela esquerda, mas parava na precisão de Geromel.

Compacto no meio, o Inter atingia seu primeiro objetivo, que era não sofrer gols. O Grêmio, talvez de olho na decisão contra o Cruzeiro, não imprimia o ritmo de sempre na Arena. Só arrematou pela primeira vez a 22 minutos, por Edílson, de falta, mas a passou muito longe.

O crescimento do Grêmio a partir da metade do primeiro tempo foi consequência direta da ¿entrada¿ de Luan no jogo. Com a inteligência habitual, ele decidiu recuar para dar início às jogadas, no único espaço que ficava aberto entre Dourado e Anselmo. A partir daí, ou fazia os passes ou tentava a solução individual, por força de seus dribles.


A 34 minutos, Luan deu o primeiro chute perigoso do Grêmio, após receber de Bolaños, mas a bola tomou mais elevação do que o previsto.


A torcida percebia o melhor momento de sua equipe, mas também entendia que o volume era insuficiente para romper a barreira defensiva do Inter. O time de Roth respondeu a 36 minutos. Sasha escapou de Edílson e serviu a Valdívia, que chutou rasteiro, no canto esquerdo, para defesa de Grohe.

A última jogada de ataque do primeiro tempo foi do Grêmio. Eram 38 minutos, quando Bolaños livrou-se de Anselmo e arrematou para defesa de Danilo Fernandes.


O empate sem gols foi apropriado para o primeiro tempo.

Mais agudo na segunda etapa, o Grêmio se expôs aos contra-ataques. Sasha e Vitinho tiraram proveito de vacilos na marcação e passaram a criar com maior insistência. Os torcedores do Inter "viram" gol a seis minutos. Em arrancada de seu campo, Dourado enxergou a corrida de Vitinho por trás de Kannemann. A conclusão, de pé esquerdo, passou muito perto.

A resposta veio dos pés de Ramiro, em chute sem direção. E no perigoso cabeceio de Kannemann em escanteio da esquerda. O Gre-Nal ganhava a emoção que a torcida pedia desde o começo.

Mas também houve excessos. Como na falta de Kannemann sobe Vitinho, seguida por uma briga generalizada. Desequilibrado, Edílson acertou dois socos seguidos em Dourado e foi expulso junto com o volante do Inter. Ao todo, foram seis minutos de paralisação.

A partir daí, o Gre-Nal perdeu em qualidade. O Grêmio tentou retomar o controle, mas, marcado com eficiência, só conseguiu chutar de longe. Pelo Inter, a melhor chance foi de William, mas seu chute foi quase um recuo para Marcelo Grohe. Nem os oito minutos de acréscimo alteraram o quadro. E nenhum dos dois times ousou reclamar de injustiça no marcador.

BRASILEIRÃO, 32ª RODADA, 23/10/2016

GRÊMIO: Marcelo Grohe; Edílson, Geromel, Kannemann e Marcelo Oliveira; Walace e Maicon (Guilherme,39¿/2°); Ramiro, Miller Bolaños (Jailson, 23¿/2°) e Pedro Rocha (Everton, 11¿/2º); Luan.

INTER: Danilo Fernandes; Ceará, Paulão, Ernando e Geferson; Dourado, Anselmo, William, Valdívia (Eduardo Henrique, 24¿/2º) e Sasha (Ferrareis, 42¿/2º); Vitinho (Aylon. 39¿/2º)

Expulsões: Edílson (G) e Dourado (I)

Cartões amarelos: Anselmo , Vitinho (I), Kannemann (G)

Arbitragem: Francisco Carlos do Nascimento, auxiliado por Alessandro de Matos e Bruno Pires.

Renda: R$ 1.782.613,00

Público: 53.287 (47.662 pagantes)

Local: Arena do Grêmio

PRÓXIMOS JOGOS – COPA DO BRASIL
26/10/2016 – 21H45MIN

CRUZEIRO X GRÊMIO
INTER X ATLÉTICO-MG

Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/