quinta-feira, 9 de março de 2017

Com dois de Brenner, Inter goleia o Sampaio Corrêa e encaminha vaga na Copa do Brasil

Paulão e Nico López fizeram os outros dois gols colorados na vitória em São Luís

Foto: Ricardo Duarte / Internacional DVG

O Inter cruzou o país e goleou o Sampaio Corrêa por 4 a 1, no Estádio Castelão, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Com a vitória no Maranhão, o Inter pode até mesmo perder por impensáveis 3 a 0 no próximo dia 15, no Beira-Rio, que estará classificado no torneio. Brenner, autor de dois gols, é o artilheiro da Copa do Brasil, com cinco gols. No domingo, o Inter voltará ao Gauchão. Sem D'Alessandro, suspenso, enfrentará o Juventude, em Caxias do Sul.

Contando com um vibrante Nico López, o Inter foi para cima do Sampaio Corrêa logo nos minutos iniciais da partida. D'Alessandro, Brenner, Nico, Iago, Alemão e até Anselmo surgiam constantemente na área do adversário. Porém, sem conclusões. Ainda que impetuosa, a equipe de Antônio Carlos Zago não concluía ao gol de Jean.

Rebaixado à Série C, o Sampaio oferecia pouco risco no ataque. Na única vez que chegaram com mais força, os donos da casa avançaram às costas de Alemão, mas Cleitinho errou constrangedoramente em bola — e o árbitro ainda anulou o lance, por impedimento.

Uma pancada de chuva deixou o gramado do Castelão ainda mais pesado. As poucos, o Inter pareceu sentir o desgaste do clássico Gre-Nal. Houve diversos momentos no primeiro tempo em que os jogadores não conseguiram recompor os setores — para defender e para atacar. Aos 34 minutos, chute e gol. D'Alessandro ajeitou a bola, em uma falta frontal, mas um tanto longe do gol e, em vez de chutar, passou para Nico López. O uruguaio bateu e o goleiro Jean defendeu. O rebote sobrou para Paulão, que venceu Jean e marcou o 1 a 0 — ainda que em posição de impedimento.

A sequência do primeiro tempo foi de ataque contra ataque. Os dois times se jogaram à frente como se estivessem em uma final de campeonato. Apesar dos esforços, quem teve a única chance de gol foi o Inter, em um chute de D'Alessandro, defendido por Jean.

— Foi um gol importante, que nos dá tranquilidade no primeiro tempo. O Sampaio vem impondo velocidade e contra-ataque. Consegui marcar na jogada ensaiada do Nico. Eu precisava desse gol. Todo jogador precisa de gols — comemorou Paulão, no intervalo.

O sonho maranhense de buscar o empate durou apenas quatro minutos e o tempo de D'Alessandro erguer a cabeça sobre alinha do meio-campo, enxergar Nico López correndo para a área, lançar o uruguaio e assistir ao camisa 7 driblar o goleiro e marcar o segundo gol colorado.

Aos 11 minutos, Hiltinho tentou invadir a área colorada e foi derrubado. Daniel Barros cobrou falta, venceu a péssima barreira do Inter e encontrou o canto direito, onde estava Danilo Fernandes, que apenas olhou a bola entrar — sem reação. O Sampaio se entusiasmou e foi para cima. Acabou goleado.

Aos 18 minutos, D'Alessandro cobrou escanteio, Paulão cabeceou da entrada da área e Brenner desviou para o gol. Dois minutos depois, Alemão bateu cruzado e Brenner desviou de novo para o gol: 4 a 1.

O Inter de Antônio Carlos Zago parece ter engrenado na temporada. Foi impositivo contra o Sampaio Corrêa e acabou goleando ao natural. A nova boa fase poderá ser confirmada nesse domingo, no clássico contra o Juventude.

Fonte: * ZH Esportes

segunda-feira, 6 de março de 2017

Em jogo movimentado, Grêmio e Inter empatam em 2 a 2 no Gre-Nal 412

Bolaños e Fernandinho marcaram para o time gremista, enquanto Roberson e Brenner fizeram os gols colorados


Foto: André Ávila / Agencia RBS


A chuvarada que desabou sobre a Capital, fechando um verão escaldante, não tirou a beleza e a emoção do maior clássico gaúcho. O primeiro Gre-Nal de 2017, válido pelo Gauchão e disputado na Arena, terminou empatado em 2 a 2 e foi rico em alternativas. Melhor na primeira etapa, o Grêmio foi surpreendido pela forte reação colorada no segundo tempo e precisou correr muito para empatar. Nos minutos finais, já com o desgaste do Inter, a equipe de Renato Portaluppi esteve mais perto da vitória, embora exposta aos contra-ataques.

Se fosse mais preciso nas conclusões, o Grêmio poderia ter finalizado a primeira etapa com mais de um gol. Mesmo com a proximidade da estreia na Libertadores, a equipe não deu qualquer sinal de preservação e marcou com energia. Curiosamente, foi o Inter quem passou a impressão de jogar sem a determinação que se exige em um clássico. Por isso, foi superado sem maior dificuldade.

Logo a quatro minutos, a primeira polêmica do jogo. Lançado por Bolaños, Pedro Rocha caiu dentro da área sem ser tocado por Paulão. Próximo, Leandro Vuaden foi bem ao não assinalar pênalti.


Bolaños fazia a diferença. Tornou-se imarcável com deslocamentos entre o meio e as laterais do gramado. Aos 10, em investida pela direita, ele deu chute rasteiro para defesa de Danilo. A supremacia do Grêmio também passava pela atuação de Luan, que confundia a marcação ao transitar do meio para os dois lados. E pela habitual vitalidade de Ramiro, que, aos 13 minutos, lançado por Luan, surgiu de surpresa, atrás dos zagueiros do Inter, mas não alcançou a bola.

Ao Inter, faltava profundidade. Wiliam, sem ritmo, tinha dificuldades para marcar e chegar à frente. As combinações pela esquerda, entre Carlinhos e Uendel, exitosas em outros jogos, desta vez eram tímidas. Carlos revelava dificuldades técnicas e Brenner era controlado por Geromel e Kannemann. D¿Alessandro, por sua vez, era mantido longe da área pela ação conjunta de Michel e Jailson.


No primeiro avanço colorado, a 19 minutos, D¿Alessandro cruzou da esquerda e Grohe pegou antes que os atacantes se mexessem. O vacilo do Inter a 20 minutos, em cruzamento de Dourado que William não conseguiu concluir, foi duramente castigado. No contra-ataque, feito em alta velocidade, Pedro Rocha fez passe na medida para Bolaños, que venceu Danilo com um chute forte. O gol sintetizava a supremacia do Grêmio. E o Inter ainda teve sorte em não levar o segundo pouco depois, em cruzamento de Bolaños que Michel cabeceou errado.


Em pânico, a zaga do Inter marcava mal, a ponto de ser repreendida por D¿Alessandro.

Mas a pressão seguiu. Aos 26, novo cruzamento de Bolaños e Marcelo Oliveira, de voleio, desperdiça.

A 33 minutos, William e Bolaños lembraram o conflito de um ano atrás e trocaram empurrões depois que o equatoriano sofreu falta de Léo Ortiz e, caído, teve a bola chutada em suas costas por Charles. Bolaños voltaria a deixar os torcedores do Grêmio em pé aos 39 minutos, ao tentar de bicicleta em passe de Léo Moura.

Só aos 40 minutos o Inter exigiu defesa de Grohe, em chute forte do lateral Carlinhos. Mas foi uma exceção no predomínio tricolor. Aos 44, nova saída errada do Inter e Bolaños assustou Danilo com chute rasteiro, que saiu para fora.


Antônio Carlos Zago percebeu a apatia do time e mudou bem no segundo tempo. Trocou os improdutivos Charles e Carlos por Roberson e Nico López e reenergizou a equipe. A reação foi fulminante e mudou o clima na Arena. A 10 minutos, depois de combinação com Nico López e Brenner, Roberson empatou. Aos 12, D¿Alessandro iniciou a jogada e Uendel lançou às costas de Geromel, onde estava Brenner, que venceu Grohe.


O Grêmio recorreu a Lucas Barrios, que quase fez de cabeça em seu primeiro lance. Sob chuva forte, a partida ganhou em ritmo e emoção. Renato precisava de um lance e trocou Michel por Fernandinho. E foi feliz. Em sua primeira participação, o atacante arrematou da direita e o chute, forte, entrou com a colaboração de Danilo Fernandes.

A sucessão de faltas e discussões truncou bastante o jogo daí em diante. O Grêmio atacava, mas se preocupava com as arrancadas de Nico López e Roberson. O Inter, satisfeito com a própria reação, tratava de controlar Bolaños, Fernandinho e Lucas Barrios. No fim, não houve motivos para que nenhum dos times reclamasse do resultado.

GAUCHÃO, 6ª RODADA, 4/3/2017

GRÊMIO

Marcelo Grohe; Léo Moura, Geromel, Kannemann e Marcelo Oliveira; Michel (Fernandinho, 22¿/2º) e Jailson (Lincoln, 37¿/2º); Ramiro, Bolaños e Pedro Rocha (Lucas Barrios, 14¿/2º); Luan

Técnico: Renato Portaluppi

INTER

Danilo Fernandes; William, Léo Ortiz, Paulão e Carlinhos; Dourado, Charles (Roberson,int), Uendel e D¿Alessandro; Carlos (Nico López, int) e Brenner (Anselmo, 24¿/2º)

Técnico: Antônio Carlos Zago

Gols: Bolaños (G), a 21 do primeiro tempo e Roberson (I), a 10, Brenner (I), a 12 e Fernandinho (G), a 23 do segundo

Cartões amarelos: Michel, Bolaños, Ramiro, Geromel (G), Léo Ortiz, Nico López, Anselmo, Paulão, D'Alessandro (I)

Arbitragem: Leandro Vuaden, auxiliado por Lúcio Beiesdorf Flor e José Calza

Renda: R$ 1.909.003,00

Público: 45.903(43.032 pagantes)

Local: Arena do Grêmio

Fonte: * ZH Esportes