sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Inter sofre, mas vence o Coritiba por 1 a 0 com gol de pênalti de Vitinho


Danilo Fernandes defendeu pênalti do time paranaense quando o placar estava 0 a 0

Foto: André Ávila / Agência RBS

A vitória do Inter por 1 a 0 sobre o Coritiba entrará para a história. Em um espaço de oito minutos, o time deixou de perder o jogo, com Danilo Fernandes defendendo um pênalti, e venceu a partida, com um pênalti cobrado por Vitinho. Com a vitória, a equipe de Celso Roth saiu momentaneamente da zona de rebaixamento. O Inter voltará a campo somente no Dia das Crianças, quando enfrentará o Botafogo no improvisado Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador.

Não fossem as inúmeras faltas, encontrões e tombos do primeiro tempo, os 45 minutos de jogo teriam feito os menos entusiasmados dormir na arquibancada ou na frente da TV. Com dois times se estudando, ambos com medo de perder, Inter e Coritiba pouco fizeram. Os donos da casa não conseguiam se impor. Esse Inter é do tamanho do Coritiba.


A melhor chance do Inter no primeiro tempo saiu dos pés de Seijas, que cruzou em curva para Gustavo Ferrareis. Seria um lindo gol, não fosse a providencial defesa do goleiro Wilson. Apesar da urgência da vitória, o time de Celso Roth mostrava-se sereno em campo. Sereno até demais para tentar furar a barreira de até nove jogadores do Coritiba na defesa. Talvez a falta de um grito mais forte das arquibancadas tenha deixado os colorados um tanto anestesiados em campo. O Inter simplesmente não pressionava os paranaenses.

No intervalo, Alex reconheceu os problemas para vencer:

— O jogo é difícil. Eles estão em um momento bom, o time deles é encaixadinho. Eles estão tentando jogar e se aproveitando dos nossos erros.

Enquanto os jogadores ganhavam o túnel, a diversão da torcida foi xingar Edinho, o ex-volante colorado que passou pelo Grêmio e declarou que os 5 a 0 do Gre-Nal da Arena foram mais importantes em sua vida do que ter vencido o Mundial pelo Inter.


O segundo tempo começou com os torcedores cantando a plenos pulmões. Sabem que só na bola é impossível para o Inter versão 2016 bater até o mais frágil dos adversários. Aos sete minutos, enfim, uma emoção: Ferrareis cruzou da ponta direita e o assustado Benítez quase marcou contra. O problema para o Inter é que a defesa colorada também proporcionava fortes sensações. Aos nove minutos, Juninho cabeceou sozinho, no contrapé de Danilo, que se esticou todo e defendeu sabe-se lá como. O lance parece ter acordado o time em campo. Aos 12, Alex voltou a ser o antigo Alex e bateu de longe. Acertou a trave e quase arrancou o grito de gol da torcida. De repente, aquele jogo morno pegou fogo.

Aos 30 minutos, Rafael Veiga dividiu no ar com William. A bola bateu na mão do jogador do Coritiba e o árbitro mandou seguir. Leandro recebeu na área e Ernando o derrubou. Pênalti. Aos 33 minutos, o veterano Juan (ex-São Paulo, ex-Flamengo) cobrou bem, no canto esquerdo, e Danilo defendeu, levando o Inter nas costas uma vez mais.

Aos 41 minutos, um daqueles lances que provam que um clube começa a escapar da segunda divisão. O árbitro marcou um pênalti de Luccas Claro em Valdívia. O Beira-Rio explodiu em festa. Vitinho pegou a bola e, com frieza, bateu no canto direito, sem chances para Wilson.

Foi o milagre do Beira-Rio.

Fonte: *ZHESPORTES

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

No Beira-Rio, Inter vence Figueirense em confronto direto contra o rebaixamento

Vitinho, no início da partida, marcou o gol da vitória colorada

Ceará, William e Vitinho comemoram o gol que valeu os três pontos para o Inter no Beira-Rio
Foto: Félix Zucco / Agencia RBS


A mobilização da família colorada deu certo. Mesmo sem contar com um Beira-Rio lotado, mas que cantou e incentivou o tempo todo, o Inter jogou bem o suficiente para bater o Figueirense por 1 a 0, naquele que foi o primeiro jogo do resto de sua vida. Como a situação de tabela é desesperadora, mesmo vencendo o clube segue no Z-4. Ainda faltam 10 jogos para que o Inter consiga se manter na Série A. O adeus à zona de rebaixamento poderá ser dado na próxima rodada, quando o Inter receberá o Coritiba, outra vez em casa.

Enquanto alguns torcedores ainda se acomodavam nas arquibancadas e outros milhares cantavam em uníssono o "vamo, vamo, Inter", William correu pela ponta direita. O camisa 2, cria da base colorada, parecia vestir a camisa 7 de Valdomiro ou de Fabiano quando foi arrastando a marcação do Figueirense até chegar à área e cruzar no pé esquerdo de Vitinho. No gol, Gatito Fernández, filho de um dos heróis do Inter: o goleiro Gato Fernández, campeão da Copa do Brasil de 1992. Pois Vitinho, com um movimento, desviou de Fernández filho e correu para abraçar William. O Inter começava a construir ainda cedo o seu caminho rumo à sobrevivência na Série A.

Atônito, o Figueirense tentou reagir, e Rafael Moura atingiu Danilo Fernandes em uma disputa de bola. Foi o que bastou para que a torcida visse no ex-atacante colorado um vilão em campo. Com o nariz sangrando, o goleiro do Inter foi atendido e precisou colocar duas buchas de algodão nas narinas – que deixaram Danilo com um visual digno de Halloween.

Aos 25 minutos, por pouco o Inter não definiu o jogo. Alex cobrou falta de longe e Fernández quase aceitou, dando o rebote nos pés de Seijas. A resposta catarinense foi dada com uma bonita bicicleta de Rafael Moura, de fora da área, que foi defendida por Danilo Fernandes — e seguida por vaias da torcida ao ex. Em seguida, Seijas lançou Vitinho, que correu até a área e entregou o gol nos pés de William. O lateral entrou sozinho, cara a cara com o goleiro, mas chutou em cima de Gatito Fernández. O Inter começava a desperdiçar demais na decisão.

Não que o Figueirense merecesse, mas a situação em que o Inter se meteu no Brasileirão obrigou aos colorados a emprestar status de finalista de Libertadores aos catarinenses. E, aos 37 minutos, foi a vez de Seijas parar nas mãos do filho de Fernández. A cada lance desperdiçado em campo, as arquibancadas respondiam cantando ainda mais alto. A torcida não abandonou o time em momento algum.

Rafael Moura merece uma atenção especial. Jogou como nunca. Estava possuído: desarmava, apanhava, batia, dava bicicletas. Parecia algo pessoal. Moura jamais foi amado pela torcida colorada, mesmo quando marcava gols. Foi um dos nomes do jogo.

No segundo tempo, o Figueirense começou a empurrar o Inter para trás, obrigando o time de Celso Roth a se deter mais na defesa e a tentar sair em contra-ataques. O 1 a 0 parecia pouco quando a bola começava a rondar a área colorada. Aos 18, o Inter perdeu Vitinho, lesionado.

Com Aylon no ataque, o Inter tentou voltar a criar algo na frente. O Figueirense, porém, parecia se sentir à vontade no Beira-Rio. Com o nome gritado por uma torcida angustiada, Valdívia foi a campo aos 31 minutos. Substituiu Alex com a missão de fazer o time retomar a posse de bola.

O Inter reagiu um pouco. O mínimo necessário para garantir a vitória por 1 a 0, que mais pareceu goleada em clássico, tamanha era a pressão sobre o time de Roth. O Inter deu o primeiro passo para se manter na primeira divisão. Restam outros 10 ainda.

BRASILEIRÃO — 28ª RODADA — 1/10/2016

INTER
Danilo Fernandes; William, Paulão, Ernando e Ceará; Rodrigo Dourado, Fernando Bob, Alex (Valdívia, 31¿/2°), Seijas e Gustavo Ferrareis (Sasha, 38¿/2°); Vitinho (Aylon, 18¿/2°).
Técnico: Celso Roth

FIGUEIRENSE
Fernández; Ayrton, Werley, Bruno Alves e Pará; Jefferson (Ermel, 24¿/2°), Renato (Joseílson, int.), Elvis (Everton Santos, 37¿/2°) e Dodô; Lins e Rafael Moura.
Técnico: Marquinhos Santos

Gols: Vitinho (I), aos 4min do primeiro tempo

Cartões amarelos: Paulão e Alex (I); Pará e Rafael Moura (F).

Arbitragem: Luiz Carlos de Oliveira Magalhães, auxiliado por Marcione Ribeiro e Armando de Souza (trio cearense)

Renda: R$ 430.145 / Público: 34.036 (com 30.796 pagantes)

Local: Estádio Beira-Rio

PRÓXIMO JOGO — BRASILEIRÃO
6/10/2016, 5ª FEIRA, 19H30MIN
INTER X CORITIBA

Fonte: *ZHESPORTES