segunda-feira, 3 de outubro de 2016

No Beira-Rio, Inter vence Figueirense em confronto direto contra o rebaixamento

Vitinho, no início da partida, marcou o gol da vitória colorada

Ceará, William e Vitinho comemoram o gol que valeu os três pontos para o Inter no Beira-Rio
Foto: Félix Zucco / Agencia RBS


A mobilização da família colorada deu certo. Mesmo sem contar com um Beira-Rio lotado, mas que cantou e incentivou o tempo todo, o Inter jogou bem o suficiente para bater o Figueirense por 1 a 0, naquele que foi o primeiro jogo do resto de sua vida. Como a situação de tabela é desesperadora, mesmo vencendo o clube segue no Z-4. Ainda faltam 10 jogos para que o Inter consiga se manter na Série A. O adeus à zona de rebaixamento poderá ser dado na próxima rodada, quando o Inter receberá o Coritiba, outra vez em casa.

Enquanto alguns torcedores ainda se acomodavam nas arquibancadas e outros milhares cantavam em uníssono o "vamo, vamo, Inter", William correu pela ponta direita. O camisa 2, cria da base colorada, parecia vestir a camisa 7 de Valdomiro ou de Fabiano quando foi arrastando a marcação do Figueirense até chegar à área e cruzar no pé esquerdo de Vitinho. No gol, Gatito Fernández, filho de um dos heróis do Inter: o goleiro Gato Fernández, campeão da Copa do Brasil de 1992. Pois Vitinho, com um movimento, desviou de Fernández filho e correu para abraçar William. O Inter começava a construir ainda cedo o seu caminho rumo à sobrevivência na Série A.

Atônito, o Figueirense tentou reagir, e Rafael Moura atingiu Danilo Fernandes em uma disputa de bola. Foi o que bastou para que a torcida visse no ex-atacante colorado um vilão em campo. Com o nariz sangrando, o goleiro do Inter foi atendido e precisou colocar duas buchas de algodão nas narinas – que deixaram Danilo com um visual digno de Halloween.

Aos 25 minutos, por pouco o Inter não definiu o jogo. Alex cobrou falta de longe e Fernández quase aceitou, dando o rebote nos pés de Seijas. A resposta catarinense foi dada com uma bonita bicicleta de Rafael Moura, de fora da área, que foi defendida por Danilo Fernandes — e seguida por vaias da torcida ao ex. Em seguida, Seijas lançou Vitinho, que correu até a área e entregou o gol nos pés de William. O lateral entrou sozinho, cara a cara com o goleiro, mas chutou em cima de Gatito Fernández. O Inter começava a desperdiçar demais na decisão.

Não que o Figueirense merecesse, mas a situação em que o Inter se meteu no Brasileirão obrigou aos colorados a emprestar status de finalista de Libertadores aos catarinenses. E, aos 37 minutos, foi a vez de Seijas parar nas mãos do filho de Fernández. A cada lance desperdiçado em campo, as arquibancadas respondiam cantando ainda mais alto. A torcida não abandonou o time em momento algum.

Rafael Moura merece uma atenção especial. Jogou como nunca. Estava possuído: desarmava, apanhava, batia, dava bicicletas. Parecia algo pessoal. Moura jamais foi amado pela torcida colorada, mesmo quando marcava gols. Foi um dos nomes do jogo.

No segundo tempo, o Figueirense começou a empurrar o Inter para trás, obrigando o time de Celso Roth a se deter mais na defesa e a tentar sair em contra-ataques. O 1 a 0 parecia pouco quando a bola começava a rondar a área colorada. Aos 18, o Inter perdeu Vitinho, lesionado.

Com Aylon no ataque, o Inter tentou voltar a criar algo na frente. O Figueirense, porém, parecia se sentir à vontade no Beira-Rio. Com o nome gritado por uma torcida angustiada, Valdívia foi a campo aos 31 minutos. Substituiu Alex com a missão de fazer o time retomar a posse de bola.

O Inter reagiu um pouco. O mínimo necessário para garantir a vitória por 1 a 0, que mais pareceu goleada em clássico, tamanha era a pressão sobre o time de Roth. O Inter deu o primeiro passo para se manter na primeira divisão. Restam outros 10 ainda.

BRASILEIRÃO — 28ª RODADA — 1/10/2016

INTER
Danilo Fernandes; William, Paulão, Ernando e Ceará; Rodrigo Dourado, Fernando Bob, Alex (Valdívia, 31¿/2°), Seijas e Gustavo Ferrareis (Sasha, 38¿/2°); Vitinho (Aylon, 18¿/2°).
Técnico: Celso Roth

FIGUEIRENSE
Fernández; Ayrton, Werley, Bruno Alves e Pará; Jefferson (Ermel, 24¿/2°), Renato (Joseílson, int.), Elvis (Everton Santos, 37¿/2°) e Dodô; Lins e Rafael Moura.
Técnico: Marquinhos Santos

Gols: Vitinho (I), aos 4min do primeiro tempo

Cartões amarelos: Paulão e Alex (I); Pará e Rafael Moura (F).

Arbitragem: Luiz Carlos de Oliveira Magalhães, auxiliado por Marcione Ribeiro e Armando de Souza (trio cearense)

Renda: R$ 430.145 / Público: 34.036 (com 30.796 pagantes)

Local: Estádio Beira-Rio

PRÓXIMO JOGO — BRASILEIRÃO
6/10/2016, 5ª FEIRA, 19H30MIN
INTER X CORITIBA

Fonte: *ZHESPORTES

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