sexta-feira, 17 de abril de 2015

Inter atropela La U e encaminha classificação na Libertadores


Time de Diego Aguirre vence por 4 a 0 no Chile, com gols de Nilmar (duas vezes), Sasha e Valdívia



Em sua melhor apresentação na temporada e com um show de Nilmar, o Inter pulverizou a Universidad de Chile com uma goleada por 4 a 0, no Estádio Nacional, e encaminhou a classificação às oitavas de final da Libertadores. A tendência é ficar com a primeira colocação do Grupo 4. Para isto, precisa somar apenas um ponto na rodada final, em casa, contra o The Strongest. Vencendo os bolivianos, o Inter poderá acabar entre as quatro melhores campanhas da primeira fase do torneio. O confronto do momento aponta um mata-mata contra o chileno Colo Colo.

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Antes do jogo, Aránguiz foi saudado pelos torcedores e pelos jogadores de La U, seu ex-clube. E ouviu uma vez mais a sua música: Príncipe Charles, entoada pela torcida chilena. Homenagens à parte, o clima era de final de campeonato. Somente uma vitória colocaria a Universidad de Chile de volta à briga no Grupo 4. Uma vitória encaminharia a classificação do Inter às oitavas.

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Neste ambiente, mais de 20 mil chilenos empurravam os donos da casa para cima dos colorados. Um elemento a mais de pressão surgiu nas arquibancadas: uma provocativa faixa em azul e preto, na qual estava escrito: Mazembe 2-0. O Inter respondia com os seus cerca de 500 torcedores nas cadeiras do Estádio Nacional.

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Mas quem disse que em decisões não ocorrem erros infantis? O zagueiro Gonzáles dominou a bola ao lado da área. Nilmar o cercava. Então ele passou para o goleiro Herrera, que correu com a bola no pé, de costas para Nilmar. Mal sabia ele que não se pode dar as costas para Nilmar. O camisa 7 do Inter ligou o turbo e saiu em perseguição ao goleiro. Cinco passos depois, Nilmar dava um biquinho na bola e um assustado Herrera via o 1 a 0 do Inter se materializando.

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A torcida chilena, ainda impactada, assistia aos colorados comemoraram o gol de Nilmar quando, três minutos depois, nasceu o 2 a 0. D’Alessandro passou para Nilmar, que fez um passe perfeito para Sasha ficar cara a cara com Herrera e marcar o segundo.

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O segundo gol doeu na alma chilena. Para quem precisava vencer, foi um péssimo começo de jogo. La U foi para cima e viu um Inter bem armado na defesa. Depois de se garantir atrás, o Inter voltou à carga. E Nilmar aprontou mais uma sobre a já desestabilizada defesa chilena. Depois de adiantar a bola, ele acabou desarmado pela defesa, que não conseguiu se livrar do atacante, tampouco afastar a bola. Resultado? Nilmar de novo esticou o pé e empurrou a bola para dentro do gol com o bico da chuteira. Aos 32 minutos do primeiro tempo, no Chile, o Inter goleava por 3 a 0.

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O primeiro tempo chegou ao fim com o banco de reservas do Inter invadindo o gramado para cumprimentar os titulares. No meio-campo, os 11 jogadores da Universidad de Chile, cabisbaixos, conversam, enquanto escutavam os solidários e sentidos aplausos da sua torcida.

– Tentei explorar quando ele (Gonzáles) recuou para o goleiro (Herrera, com quem Nilmar jogou junto nos tempos de Corinthians). Até porque poucos goleiros têm qualidade para jogar. Aproveitei o recuo, que foi um pouco lento – comentou Nilmar, ao falar sobre o primeiro gol, no intervalo.

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No retorno para o segundo tempo, uma tentativa desesperada dos chilenos em buscar o empate. Tiveram duas chances na frente de Alisson e foram desarmados. Aos seis minutos, Juan lançou Nilmar, que só não fez o gol porque sofreu pênalti. D’Alessandro bateu e Herrera defendeu. Na sequência, uma pequena confusão. D’Alessandro foi cobrar o escanteio e acabou recepcionado por alguns objetos atirados das arquibancadas. Depois de algum empurra-empurra entre os jogadores e de vaias das arquibancadas, a partida foi retomada.

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E o quarto gol do Inter, que não aconteceu no pênalti, chegou através da ponte-aérea Sasha-Valdívia. Sasha lançou para Valdívia que, na entrada da área, se livrou de seu marcador com um toque e chutou pelo meio das pernas de Herrera. Da arquibancada colorada surgiu a contagem de “um, dois, três, quatroooo”, em comemoração à maior goleada do Inter como visitante na história da Libertadores. Revoltada com a goleada e com a eliminação, a torcida de La U passou a estourar foguetes desde as suas arquibancadas.

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Este foi o 22° jogo do Inter no ano. Esta foi a 22ª escalação. E a melhor de todas as apresentações. Diego Aguirre está consolidando uma nova forma de dirigir um time de futebol no Brasil. E, ao que tudo indica, se colocando entre as melhores campanhas da primeira fase da Libertadores.

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Fonte: ZHESPORTES

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Com Aránguiz confirmado, Inter parte para o Chile com o que Aguirre tem de melhor


"É o melhor time do momento", afirma treinador.

Charles Aránguiz não entra em campo com a camisa do Inter desde 18 de março, em partida contra o Emelec, em Manta, no EquadorFoto: Alexandre Lops / Divulgação / Internacional

Ainda está longe de ser o Charles Aránguiz que encheu os olhos de todos no Beira-Rio no início de 2014, mas passa pelo chileno, amanhã, em Santiago, a solidez e a qualidade do meio-campo do Inter diante da Universidade de Chile.

Recuperado da entorse no joelho sofrida quando o Chile enfrentou o Brasil de Dunga, em Londres, o volante foi confirmado pelo técnico Diego Aguirre no Inter que busca trazer à Capital ao menos um ponto do Estádio Nacional. Charles Aránguiz não entra em campo com a camisa do Inter desde 18 de março, em partida contra o Emelec, em Manta, no Equador

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O embarque da delegação está previsto para esta quarta-feira, às 15h. Anderson é dúvida para a viagem. Não há qualquer veto médico, uma escolha exclusiva do treinador. Salvo alguma mudança de última hora, o Inter que encara La U no Chile terá Alisson, Ernando, Alan Costa, Juan e Geferson, Rodrigo Dourado, Aránguiz, Jorge Henrique, D'Alessandro, Eduardo Sasha; Nilmar. Alex e Valdívia são opções ao longo da partida.

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— Vai ser um jogo difícil para todos. Charles é um jogador que conhece a equipe adversária. Acho que o Inter está bem, está melhor. Vamos começar a mostrar um futebol melhor — resumiu Aguirre sobre Aránguiz, que atuou no time chileno até o final de 2013.

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Aránguiz atuará ao lado de Rodrigo Dourado. Pela formatação proposta por Diego Aguirre, caberá ao meio-campo de Jorge Sampaoli a tarefa de sair mais para o jogo, pela direita. Dourado permanece na contenção, com o dublê de lateral Ernando cobrindo o lado destro da defesa. O sistema utilizado será o 4-2-3-1, mas pelas características dos jogadores a tática pode ser modificada para o 4-1-4-1 treinado por Aguirre ainda na pré-temporada, em Bento Gonçalves.

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— É o melhor time do momento. Não é fácil. Temos muitas opções, mas só posso escolher 11. Acho que é a melhor opção para começar — definiu o treinador.

Mesmo que a estatística de Aránguiz em 2015 esteja miúda em comparação a 2014, a média do chileno empolga. O aproveitamento do camisa 20 no Estadual deste ano é superior nos quesitos assistência (média de 1,33 por jogo em 2015 contra 1,11 de 2014), passes certos (média de 44,6 por jogo em 2015 ante 41,6 de 2014), lançamentos (média de 2,67 em 2015 e 0,56 de 2014).

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A expectativa do diretor médico Marcelo Otton é que as dores no púbis sentidas no início da temporada, que deixaram Aránguiz no departamento médico por quase 20 dias, permitam uma sequência, a fim de que estes números aumentem:

— Ele trata diariamente este problema com fisioterapia. É uma lesão por esforço repetitivo. O trabalho preventivo é tão ou mais importante que a medicação. É bom frisar: não há nenhuma necessidade de cirurgia.

Aránguiz no Inter em 2015

Seis partidas, sendo três jogos pelo Gauchão — três empates (Lajeadense, São José e Cruzeiro) — e três confrontos pela Copa Libertadores — vitória diante da La U, empate contra o Emelec e derrota para o The Strongest. Com Aránguiz em campo o Inter marcou cinco vezes e sofreu outros cinco gols. Um aproveitamento de 38,8%.

Fonte: ZHESPORTES

domingo, 12 de abril de 2015

Inter e Brasil-Pel empatam em Rio Grande, e decisão fica para o Beira-Rio


Time de Diego Aguirre saiu na frente, mas sofreu gol de ex-colorado no fim da partida
Inter e Brasil-Pel empatam em Rio Grande, e decisão fica para o Beira-Rio Carlos Macedo/Agencia RBS
Em um jogo eletrizante, repleto de incidentes, com brigas nas arquibancadas e sem refletores, Brasil-Pel e Inter empataram em 1 a 1, no Aldo Dapuzzo, em Rio Grande, no jogo de ida da semifinal do Gauchão.

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No domingo, no Beira-Rio, os dois clubes decidirão passagem à final.O Inter joga por vitória ou empate em 0 a 0. O 1 a 1 levará aos pênaltis, enquanto empates a partir do 2 a 2 – e uma vitória - serão do Brasil. Antes disto, o time de Diego Aguirre voltará à Libertadores, para enfrentar a Universidad de Chile, em Santiago, na quinta-feira.

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Capitão do Inter em Rio Grande, Alex tomou cuidado para evitar uma pressão até mesmo da torcida do Brasil logo nos minutos iniciais. Ao perceber que Alisson começaria a partida de costas para o paredão rubro-negro da torcida xavante, atrás de seu gol, o meia trocou a saída de bola pela inversão de campo. O Inter estava atento aos detalhes.

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Mesmo assim, foram os xavantes que abriram a semifinal ligados nos 220 volts. E por pouco o Brasil não marcou em dois lances seguidos, a um e aos três minutos. O Inter precisou de pelo menos 10 minutos para entrar no jogo.

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Com o Brasil mais acostumado ao gramado e às condições do Estádio Aldo Dapuzzo – onde vem mandando as suas partidas, devido à interdição do Bento Freitas —, a equipe de Pelotas conseguia se manter firme na marcação e ter a posse de bola.

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Aos 18 minutos, o Inter teve uma grande chance de marcar. Nilton cobrou falta, com uma pancada no meio do gol, mas Martini fez uma difícil defesa. Jorge Henrique, pela esquerda, perturbava Wender. Aos 25, nova falta. Desta vez, porém, a cobrança foi de Valdívia, que acertou o travessão.

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O Inter começava a dominar as ações – enquanto os jogadores xavantes demonstravam alguma tensão em campo e passavam a reclamar a cada marcação de Anderson Daronco. Os lances mais ríspidos e de vendetas começaram a se multiplicar. Alex e Nena receberam o amarelo por peitadas mútuas.

Em seguida, após a sequência de um lance no qual o Brasil reclamava pênalti em Alex Amado, Jorge Henrique pulou com o braço levantado em Wender. Mais confusão e empurra-empurra. O jogo seguiu e Wender devolveu a agressão com uma cabeçada em Jorge Henrique, mas, igualmente, a arbitragem não aplicou cartões.

Com o jogo mais corrido, o Brasil perdeu a melhor chance do primeiro tempo, aos 34 minutos, quando Nena tirou Alisson do lance, com um desvio de cabeça, mas Amado chegou atrasado ao gol já vazio. Uma prova do renhido primeiro tempo da semifinal foi que Daronco precisou dar três minutos de acréscimos.

E, aos 47 minutos, Valdívia cobrou falta para a área, Rafael Moura pulou entre os zagueiros e venceu Eduardo Martini: Inter 1 a 0. Em seguida, o árbitro encerrou o primeiro tempo.

— Estou feliz demais por ter feito este gol. Quero sempre ajudar o time — disse Moura, no intervalo.

Enquanto os dois times estavam nos vestiários, xavantes e colorados voltaram a se provocar e houve arremessos de objetos de parte a parte — segundo informações da Brigada Militar. O clima ficou pesado e a tropa de choque da polícia chegou a intervir junto aos torcedores do Brasil (cinco foram detidos), que estavam mais exaltados.

Revoltados, eles partiram para cima dos brigadianos. Depois, os torcedores do Brasil brigaram entre si. As duas ambulâncias que estavam no estádio precisaram sair para levar torcedores (um xavante, outro colorado) à Santa Casa. Devido à confusão, o intervalo durou longos 45 minutos. Em meio a tudo isto, Leandro Leite reclamou com a arbitragem e recebeu cartão amarelo.

Com a situação controlada e a ambulância de volta, Anderson Daronco pôde apitar o segundo tempo. E, logo na primeira chegada do Brasil, Diogo Oliveira obrigou Alisson a salvar o Inter. O jogo pegou fogo de vez quando Alisson fez um milagre ao defender cabeceio de Gustavo Papa. No rebote, Cirilo tentou cavar um pênalti. Daronco deu simulação. Brock peitou o árbitro e, assim como Cirilo, recebeu o cartão amarelo.

Apesar de um começo enérgico, o Brasil passou a ter dificuldades de articulação. Não conseguia mais atacar com a volúpia inicial. Com os refletores desligados, devido ao roubo de disjuntores do estádio durante a semana, o anoitecer começou a tomar corpo sobre o Aldo Dapuzzo. Goleiros e a arbitragem passaram a vivenciar um pequeno drama, a partir da metade do segundo tempo.

Aos 36, o Brasil reclamava uma penalidade de Jorge Henrique, por mão na bola, quando Daronco mandou o jogo seguir. Na sequência, Geferson cometeu o pênalti. Forster cobrou e empatou a partida. Com o 1 a 1, o Brasil foi de vez para cima do Inter. Mas não teve forças para a virada no semibreu do Aldo Dapuzzo.

Fonte: *ZHESPORTES