domingo, 12 de abril de 2015

Inter e Brasil-Pel empatam em Rio Grande, e decisão fica para o Beira-Rio


Time de Diego Aguirre saiu na frente, mas sofreu gol de ex-colorado no fim da partida
Inter e Brasil-Pel empatam em Rio Grande, e decisão fica para o Beira-Rio Carlos Macedo/Agencia RBS
Em um jogo eletrizante, repleto de incidentes, com brigas nas arquibancadas e sem refletores, Brasil-Pel e Inter empataram em 1 a 1, no Aldo Dapuzzo, em Rio Grande, no jogo de ida da semifinal do Gauchão.

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No domingo, no Beira-Rio, os dois clubes decidirão passagem à final.O Inter joga por vitória ou empate em 0 a 0. O 1 a 1 levará aos pênaltis, enquanto empates a partir do 2 a 2 – e uma vitória - serão do Brasil. Antes disto, o time de Diego Aguirre voltará à Libertadores, para enfrentar a Universidad de Chile, em Santiago, na quinta-feira.

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Capitão do Inter em Rio Grande, Alex tomou cuidado para evitar uma pressão até mesmo da torcida do Brasil logo nos minutos iniciais. Ao perceber que Alisson começaria a partida de costas para o paredão rubro-negro da torcida xavante, atrás de seu gol, o meia trocou a saída de bola pela inversão de campo. O Inter estava atento aos detalhes.

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Mesmo assim, foram os xavantes que abriram a semifinal ligados nos 220 volts. E por pouco o Brasil não marcou em dois lances seguidos, a um e aos três minutos. O Inter precisou de pelo menos 10 minutos para entrar no jogo.

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Com o Brasil mais acostumado ao gramado e às condições do Estádio Aldo Dapuzzo – onde vem mandando as suas partidas, devido à interdição do Bento Freitas —, a equipe de Pelotas conseguia se manter firme na marcação e ter a posse de bola.

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Aos 18 minutos, o Inter teve uma grande chance de marcar. Nilton cobrou falta, com uma pancada no meio do gol, mas Martini fez uma difícil defesa. Jorge Henrique, pela esquerda, perturbava Wender. Aos 25, nova falta. Desta vez, porém, a cobrança foi de Valdívia, que acertou o travessão.

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O Inter começava a dominar as ações – enquanto os jogadores xavantes demonstravam alguma tensão em campo e passavam a reclamar a cada marcação de Anderson Daronco. Os lances mais ríspidos e de vendetas começaram a se multiplicar. Alex e Nena receberam o amarelo por peitadas mútuas.

Em seguida, após a sequência de um lance no qual o Brasil reclamava pênalti em Alex Amado, Jorge Henrique pulou com o braço levantado em Wender. Mais confusão e empurra-empurra. O jogo seguiu e Wender devolveu a agressão com uma cabeçada em Jorge Henrique, mas, igualmente, a arbitragem não aplicou cartões.

Com o jogo mais corrido, o Brasil perdeu a melhor chance do primeiro tempo, aos 34 minutos, quando Nena tirou Alisson do lance, com um desvio de cabeça, mas Amado chegou atrasado ao gol já vazio. Uma prova do renhido primeiro tempo da semifinal foi que Daronco precisou dar três minutos de acréscimos.

E, aos 47 minutos, Valdívia cobrou falta para a área, Rafael Moura pulou entre os zagueiros e venceu Eduardo Martini: Inter 1 a 0. Em seguida, o árbitro encerrou o primeiro tempo.

— Estou feliz demais por ter feito este gol. Quero sempre ajudar o time — disse Moura, no intervalo.

Enquanto os dois times estavam nos vestiários, xavantes e colorados voltaram a se provocar e houve arremessos de objetos de parte a parte — segundo informações da Brigada Militar. O clima ficou pesado e a tropa de choque da polícia chegou a intervir junto aos torcedores do Brasil (cinco foram detidos), que estavam mais exaltados.

Revoltados, eles partiram para cima dos brigadianos. Depois, os torcedores do Brasil brigaram entre si. As duas ambulâncias que estavam no estádio precisaram sair para levar torcedores (um xavante, outro colorado) à Santa Casa. Devido à confusão, o intervalo durou longos 45 minutos. Em meio a tudo isto, Leandro Leite reclamou com a arbitragem e recebeu cartão amarelo.

Com a situação controlada e a ambulância de volta, Anderson Daronco pôde apitar o segundo tempo. E, logo na primeira chegada do Brasil, Diogo Oliveira obrigou Alisson a salvar o Inter. O jogo pegou fogo de vez quando Alisson fez um milagre ao defender cabeceio de Gustavo Papa. No rebote, Cirilo tentou cavar um pênalti. Daronco deu simulação. Brock peitou o árbitro e, assim como Cirilo, recebeu o cartão amarelo.

Apesar de um começo enérgico, o Brasil passou a ter dificuldades de articulação. Não conseguia mais atacar com a volúpia inicial. Com os refletores desligados, devido ao roubo de disjuntores do estádio durante a semana, o anoitecer começou a tomar corpo sobre o Aldo Dapuzzo. Goleiros e a arbitragem passaram a vivenciar um pequeno drama, a partir da metade do segundo tempo.

Aos 36, o Brasil reclamava uma penalidade de Jorge Henrique, por mão na bola, quando Daronco mandou o jogo seguir. Na sequência, Geferson cometeu o pênalti. Forster cobrou e empatou a partida. Com o 1 a 1, o Brasil foi de vez para cima do Inter. Mas não teve forças para a virada no semibreu do Aldo Dapuzzo.

Fonte: *ZHESPORTES

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