quinta-feira, 5 de março de 2009

INTER ESTRÉIA SÁBADO NO 2º TURNO


Colorado sem Magrão e Guiñazu contra o Veranópolis no sábado


O Inter estreia no segundo turno do Campeonato Gaúcho, a chamada Taça Fábio Koff, sem dois titulares. Os volantes Magrão e Guiñazu, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, não enfrentam o Veranópolis às 16h de sábado, no Beira-Rio, contra o Veranópolis. Tite, caso use todas as peças que tem à disposição, deve formar o meio com Andrezinho e Giuliano à frente de Sandro, que retorna ao time. D'Alessandro ficará mais adiantado. O treinador disse, após a vitória de 2 a 0 sobre o União Rondonópolis, que pretende manter a estrutura de losango na meia-cancha na maioria dos jogos, com um volante fixo (Sandro), dois apoiadores (Magrão e Guiñazu) e um articulador (D'Alessandro). Em jogos em casa contra adversários mais recuados, Sandro deve dar lugar a Andrezinho. O jogo contra o Veranópolis pode ter atletas poupados. Tite vê desgaste no elenco após uma série de jogos decisivos. - É muito jogo.

Tensão, sofrimento e classificação no Gigante: Inter dá o troco no União-MT

Índio e Alecsandro marcam no segundo tempo para colocar o Colorado na próxima fase da Copa do Brasil. Guarani é o adversár

Teve unha roída, cabelo arrancado, chute nos degraus da arquibancada, xingamento ao juiz, súplicas a todos os santos, mas, enfim, saiu a vitória. O Internacional sofreu como poucas vezes aconteceu em seus 100 anos de vida para fazer 2 a 0 no União Rondonópolis-MT e garantir vaga na próxima fase da Copa do Brasil. Os gols, marcados por Índio e Alecsandro, só saíram no segundo tempo. E depois dos 20 minutos, para aumentar o desespero da torcida. Após muita tensão, o time colorado pode pensar no Guarani, o adversário da segunda fase. Segue em pé o principal objetivo do primeiro semestre no ano do centenário: ganhar a Copa do Brasil. A equipe de Tite volta a campo no sábado, novamente no Beira-Rio, contra o Veranópolis. É a estreia vermelha na Taça Fábio Koff, o segundo turno do Campeonato Gaúcho.

Nem gol, nem pressão
Não aconteceu nada do que os colorados esperavam no primeiro tempo. Nem o gol, nem a pressão. Claro, o Inter dominou o adversário e esteve no campo de ataque quase o tempo todo. Mas jamais conseguiu trancafiar o oponente dentro da área para, na base do bafo, alcançar o gol. Pior: até levou alguns sustos. O União Rondonópolis, ao contrário do Grêmio no domingo, encarou o Inter com dois atacantes. Um deles, Clodoaldo, ficou perto de marcar em duas oportunidades. Desperdiçou ambas. O Colorado caiu na teia da marcação adversária. Andrezinho esteve bem, mas D’Alessandro foi lento, amarrado. Na frente, Taison teve vitórias individuais, mas não ao ponto de alcançar o gol. Nilmar errou tudo que tentou. Bolívar foi ineficiente pela direita. Kleber apareceu menos do que deveria na esquerda. Mesmo assim, pintaram algumas oportunidades para a turma de Tite. Com três minutos, Andrezinho forçou o goleiro Paulo Sérgio a fazer boa defesa. Foi em cabeceio perigoso após cruzamento de D’Alessandro, que teve a melhor chance de todo o período.

Eram 36 minutos. Guiñazu roubou a bola com um daqueles carrinhos que fazem o adversário pensar em trocar de profissão. O lance parou nos pés de El Cabezón dentro da área. Ele se preparou para bater de esquerda, mas o corpanzil do zagueiro na frente dele impediu o chute. O jeito foi bater de direita. E aí o goleiro conseguiu defender. Bem antes, quando o jogo ainda engatinhava, D’Ale arriscou outro chute, mas fraco, sem perigo. Andrezinho também teve sua tentativa. Pegou a bola na intermediária defensiva e atravessou o campo até mandar a bomba. A zaga desviou para escanteio. O gol não saiu com bola rolando por ineficiência dos colorados. E não aconteceu com bola parada por falha do árbitro Wagner Tardelli. Odvan deu um bico em Taison dentro da área. Foi pênalti, mas o juiz ignorou a irregularidade.

Tensão e gols
O Inter voltou com Giuliano no segundo tempo. Tite decidiu mexer no time, mas foi cauteloso. Em vez de tirar um volante, sacou Andrezinho, talvez o atleta mais ativo do time na etapa inicial. O meia até entrou bem, mas depois caiu na enrolação do time. Com dois minutos, ele bateu forte, com muito perigo, para fora.
Com 18 minutos, Tite chamou Alecsandro. E aí, sim, ousou. Tirou Bolívar. Em seguida, saiu o gol. O curioso é que o lance teve participação fundamental de D’Alessandro, em um momento de exceção dentro de uma atuação muito ruim do gringo. Ele bateu falta com toda a plasticidade do mundo na entrada da área. A bola viajou até encontrar o poste direito do goleiro. No rebote, Índio completou de cabeça: 1 a 0.

O gol inflamou time e torcida. Guiñazu seguiu roubando tudo que era bola. Alecsandro, de cabeça, quase marcou aos 24. Nilmar teve boa chance aos 26. O União se assustou. Foi recuando pouco a pouco, quase sem perceber. Estava na cara de cada torcedor que o gol sairia a qualquer momento. O adversário não resistiria. Aos 28 minutos, bola para Nilmar. O atacante se jogou na direção da bola e tocou por cima do goleiro. Ela bateu na trave de novo. E novamente voltou para um colorado. Desta vez, Alecsandro. O atacante dominou na área e mandou um chute de dentes prensados, de raiva, de jogador que não curte muito a ideia de ficar sem gols. O Beira-Rio explodiu em euforia antes mesmo de a bola bater na rede. Os colorados, aliviados, não imaginavam que teriam instantes de terror por volta dos 40 minutos. Alex Mineiro cabeceou dentro da pequena área. Lauro defendeu e evitou uma tragédia que poderia ter acontecido no Gigante. Mas tudo terminou bem para o Colorado.
Ficha técnica:
INTERNACIONAL 2 x 0 UNIÃO-MT

INTER - Lauro, Bolívar (Alecsandro), Índio, Álvaro e Kleber; Guiñazu, Magrão, Andrezinho (Giuliano) e D’Alessandro; Taison e Nilmar (Danilo). Téc.: Tite.
UNIÃO - Paulo Sérgio; Odvan, Alex Mineiro e Rodrigão; Richard, Wender, Rocha, Jonas (Dilmar) e Maciel; Clodoaldo (Lucas) e Diogo.Téc.: Zé Humberto.

Gols: Índio, aos 20, e Alecsandro, aos 28 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Andrezinho, Guiñazu e Taison (Internacional); Paulo Sérgio, Rodrigão, Odvan, Alex Mineiro e Maciel (União). Cartão vermelho: Odvan (União)
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Data: 04/03/2009. Horário: 19h30m (Brasília). Árbitro: Wagner Tardelli (SC). Auxiliares: Alcides Zawaski Pazetto (SC) e Luís Alberto Kallenberger (SC).

quarta-feira, 4 de março de 2009

Copa do Brasil: quarta-feira de luta pela classificação no Beira-Rio


Será uma verdadeira decisão para o Inter. A derrota por 1 a 0 no jogo de ida, no Mato Grosso, obriga o time colorado a fazer saldo de gols na busca pela classificação à próxima fase da Copa do Brasil. Se vencer por 1 a 0, a decisão da vaga irá para as cobranças de pênaltis. Vale lembrar que vitórias por 2 a 1, 3 a 2, 4 a 3 e assim por diante são favoráveis ao União-MT.
O grupo colorado promete muito empenho em campo. Muitos jogadores comparam o desafio da partida desta quarta-feira com o duelo contra o Paraná, disputado em abril de 2007, pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil. Naquela oportunidade, o Inter precisava reverter uma derrota de 2 a 0 sofrida em Curitiba. No Beira-Rio, o time colorado fez uma partida heróica diante dos paranaenses que é lembrada até hoje com exemplo de superação pelos atletas. Após sofrer um gol aos 3min do primeiro tempo, o Inter virou o placar para 5 a 1 e ficou com a vaga.
Andrezinho poderá ganhar mais uma chance no time colorado
“A atitude tem que ser a mesma que foi apresentada neste jogo. A lembrança deste confronto ainda está bem viva no grupo como um exemplo de superação, pois foi uma partida que começou bem difícil e conseguimos reverter o placar adverso. Vamos entrar em campo com este mesmo espírito”, comparou Andrezinho.
O apoio do torcedor também é visto com imprescindível neste duelo decisivo. A empatia entre a torcida e o time tem sido um fator relevante no sucesso do Inter no Beira-Rio. No dia seguinte à vitória no Gre-Nal, o volante Magrão tratou de convocar a massa para mais uma jornada no Gigante: “Quando o torcedor transforma o Beira-Rio num caldeirão, tudo fica mais fácil. Foi assim no Gre-Nal, e espero que se repita contra o União. Fica aqui a minha convocação para que o torcedor venha nos incentivar, pois vamos lutar muita pela vitória”, prometeu o jogador.
Treino fechado define time
A última atividade antes da partida foi realizada na tarde desta terça-feira no gramado principal do Beira-Rio. O técnico Tite comandou o treino com os portões fechados. Dessa maneira, a escalação será conhecida somente instantes antes do confronto. O certo é que D’Alessandro retorna ao time depois de ficar de fora do Gre-Nal, já que cumpriu suspensão automática.
D'Alessandro reforça o Inter na partida decisiva
Confira os jogadores relacionados: Lauro, Michel, Bolívar, Índio, Álvaro, Danilo, Kléber, Marcelo Cordeiro, Magrão, Guiñazu, Sandro, Andrezinho, D’Alessandro, Giuliano, Rosinei, Nilmar, Taison, Walter, Alecsandro e Arilton.

Foto: scinternacional.net

terça-feira, 3 de março de 2009

Sorondo participa do coletivo, mas sua volta ao time colorado é incerta

Técnico Tite vai avaliar o uruguaio após mais trabalhos com bola

Foto: Site do Internacional
O uruguaio Sorondo participou do treino coletivo destinado aos jogadores que não saíram jogando no clássico Gre-Nal que deu ao Inter a Taça Fernando Carvalho, o título do primeiro turno do Gauchão. Em uma conversa informal com os jornalistas que acompanharam o trabalho, o treinador afirmou na tarde desta segunda que ainda acha cedo para promover o retorno do zagueiro. Na saída do coletivo, Tite evitou avaliar a performance de Sorondo. Para ele, o aproveitamento do uruguaio nos treinos foi apenas o primeiro passe para sua volta. O treinador do Inter considera que Sorondo poderá ser melhor avaliado só depois do sétimo ou oitavo coletivo. Na saída do Beira-Rio, Sorondo disse que se sentiu bem, trabalhou normalmente com os companheiros sem qualquer desconforto. O jogador, que não participa de um jogo desde agosto de 2008, ainda se recupera de rupturas nos ligamentos e de um problema no menisco do joelho esquerdo.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Inter bate o Grêmio e conquista primeiro caneco do centenário

É Campeão... Foto ( Site do Internacional)

Colorado sai na frente com Índio, leva gol de empate e volta a marcar com Magrão. Taça Fernando Carvalho fica no Gigante.
Agora, sim, começou o centenário do Internacional. E daquele jeito que os colorados mais sonharam: vitória em Gre-Nal e Taça Fernando Carvalho armazenada no Beira-Rio, longe do Memorial do Olímpico. O time vermelho jogou mais, controlou o rival e conquistou o título do primeiro turno do Campeonato Gaúcho com vitória por 2 a 1. Índio e Magrão fizeram os gols do Inter. Alex Mineiro marcou para o Grêmio. Com o resultado, o Colorado assegurou presença na finalíssima estadual, contra o vencedor do returno, a chamada Taça Fábio Koff. O Grêmio ganhou um problemão: terá que lutar pela vaga na decisão enquanto disputa a Libertadores da América. O triunfo consolidou a recente supremacia vermelha sobre o rival. São três vitórias seguidas e seis jogos sem perder. O Inter amplia para 22 o número de sucessos na história centenária do clássico. No duelo entre os treinadores em Gre-Nais, segue o domínio de Tite. Agora são quatro vitórias do atual técnico do Inter e três empates. Celso Roth jamais venceu o comandante vermelho em clássicos.

Faltas, rusgas e milagres de Victor
A questão não é que o Inter teve um grande primeiro tempo. A questão é que o Grêmio fez muito pouco, quase nada. Com apenas um atacante, uma multidão de jogadores no meio e dois volantes só marcando, o time de Celso Roth esqueceu o significado da palavra criatividade. Batalhou, foi combativo, mas só atacou em contragolpes ou bolas paradas. O Inter foi amplamente superior em 45 minutos marcados muito mais por faltas e rusgas do que por bom futebol. E comandou por um motivo em especial: porque tem Taison. O guri, jogado na ponta esquerda, atormentou a zaga tricolor. Chegou um momento em que Celso Roth, temeroso de que Léo recebesse cartão (sabe-se lá de que cor), mandou Rafael Marques colar no atacante colorado. Mesmo dono do controle do jogo, o Inter ficou devendo oportunidades de gol. Tocou muito a bola, mas sem a contundência necessária. Porém, quando criou, criou mesmo. Foram oportunidades claríssimas. A principal delas ocorreu aos 28 minutos. Guiñazu, muito bem no jogo, passou para Kleber na esquerda. O lateral logo acionou Nilmar, que se livrou de Réver e mandou o chute. Foi o primeiro milagre de Victor. No rebote, Kleber chutou de novo. E Victor pegou mais uma vez. O Grêmio teve alguma segurança defensiva e rara capacidade ofensiva. Tcheco, muito irritado, mais pareceu um volante do que um articulador. Correu o risco de ser expulso ao levar cartão amarelo por entrada dura em Taison e depois reclamar forte com Leonardo Gaciba. O nervosismo do capitão gremista esteve um pouco acima do clima do jogo. Mas a paz não reinou no gramado do Gigante. Taison bateu boca com Roth depois de se enroscar com Diogo – o atacante reclamou de uma cotovelada do gremista e deixou o campo com um corte no rosto. Alex Mineiro e Álvaro trocaram tapas e levaram amarelo.
Sempre dono do jogo, o Inter teve outros momentos de quase-gol. Aos 41, Taison deu belo passe em diagonal para Kleber. O lateral mandou na cabeça de Andrezinho. Victor, novamente milagroso, salvou. Um minuto depois, Nilmar cabeceou para fora.

Zagueiro Gre-Nal faz, goleador responde
O Inter não teve D’Alessandro, figura decisiva nos últimos dois Gre-Nais. Nilmar, sempre artilheiro em clássicos, não conseguiu marcar também. Mas o Colorado contou com Índio, o zagueiro Gre-Nal. Logo com um minuto de segundo tempo, o defensor fez seu quarto gol em clássicos. O lance começou com cruzamento de Kleber pela esquerda. A zaga do Grêmio ficou parada, olhando a bola viajar. Não adiantou pedir impedimento. Quando Índio matou a bola no peito, houve um segundo de silêncio absoluto no Beira-Rio. E logo outro de explosão. A bola entrou seca no gol, firme e forte como é o próprio Índio. A Taça Fernando Carvalho parecia migrar para mãos vermelhas. O gol fez Celso Roth perceber o erro que tinha cometido na escalação. Ele prontamente tirou Diogo e colocou Jonas. E o Grêmio cresceu. Como consequência, durou só 13 minutos a euforia colorada no Gigante. O Grêmio conseguiu o gol de empate em um lance de quem sabe. E muito. O Tricolor saiu rápido para o ataque. Antes de chegar em Alex Mineiro, o lance passou justamente por Jonas, que fez o papel de pivô. Aí a bola caiu nos pés do camisa 9. Ele dominou, espiou o canto de Lauro e mando o chute colocado. Quase foi possível ouvir os músculos do goleiro colorado se esticando. Em vão. A bola entrou no único local possível. Golaço. E festa gremista. O gol abalou o Inter. O time colorado ficou desorganizado, correndo para onde ia a bola. O Grêmio firmou pé, parou de ser ameaçado e até passou a atacar mais. Alex Mineiro mandou chute perigoso, cruzado, mas a zaga colorada cortou. Souza também arriscou, forçando Lauro a espalmar para o lado.

Magrão, invicto em Gre-Nais, decide
O controle gremista, porém, não representou a virada. Pelo contrário. Aos 31, em falta próxima à grande área, Andrezinho, que entrou em campo com a difícil missão de substituir D'Alessandro, levantou na área na medida para Magrão. O volante, que nunca perdeu um Gre-Nal, subiu mais alto que toda a defesa do Grêmio e estufou as redes, para delírio dos colorados no Gigante. A festa colorada poderia ser ainda maior. Aos 38, Nilmar acertou o poste direito, quase marcando o terceiro. No finzinho, Adilson ainda levou um cartão vernelho.

Ficha técnica:

INTERNACIONAL 2 x 1 GRÊMIO

Inter - Lauro, Bolívar, Índio, Álvaro e Kleber; Sandro, Magrão (Rosinei), Guiñazu e Andrezinho; Taison (Alecsandro) e Nilmar (Marcelo Cordeiro). Técnico: Tite
Grêmio - Victor, Léo (Fábio Santos), Réver e Rafael Marques; Ruy, Diogo (Jonas), Adílson, Tcheco, Souza e Jadilson (Heverton); Alex Mineiro. Técnico: Celso Roth.

Gols: Índio, a um minuto, Alex Mineiro, aos 14, e Magrão, aos 32 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Álvaro, Taison, Guiñazu e Magrão (Internacional); Tcheco, Alex Mineiro, Réver, Fábio Santos, Jonas e Heverton (Grêmio). Cartão vermelho: Adilson (Grêmio)
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Data: 01/03/2009. Árbitro: Leonardo Gaciba. Auxiliares: Altemir Hausmann e José Franco Filho.