Abatido e com a voz embargada por determinados momentos, Paulo Roberto Falcão concedeu entrevista coletiva para se despedir do Internacional na tarde desta segunda-feira. Antes dos jornalistas receberam autorização para perguntar, o técnico fez um pronunciamento em que revelou sua tristeza com a demissão inesperada.
“Fui surpreendido. Até porque quando na assinatura do meu contrato, havia um consenso sobre reforços. Não foi feito o que me prometeram. Agora já falam em reforços. E tomara que apareçam, para o bem do Internacional.”
Questionado sobre se teria sido pressionado pelo mandatário do clube, Giovanni Luigi, o treinador economizou nas palavras:
“Não vamos perder tempo analisando a figura do presidente. Foi a mesma pessoa que me elogiou na derrota para o Corinthians. Quatro dias depois as coisas não podem ter mudado tanto.”
Mais adiante, quando perguntado como era sua relação com Luigi, Falcão foi direto:
“Zero. Ele tem uma maneira de trabalhar que não é a minha. Se ele não me queria desde o início, a relação já nasce ruim.”
Em seguida, exemplificou uma das discordâncias que mantinha com o dirigente:
“Quando não acontece o resultado, acho que o treinador precisa ser cobrado. Mas discutir a escalação nunca. No máximo com meu auxiliar ou com pessoas do ramo.”
Depois de 99 dias no comando técnico vermelho, Falcão deixa o Beira-Rio com 50,8% de aproveitamento, com oito vitórias, quatro empates e sete derrotas.
O treinador do time sub-23, Osmar Loss, e o auxiliar técnico André Doring irão assumir a preparação da equipe interinamente. O Inter volta a campo na próxima quinta-feira, às 19h30min, para encarar o Avaí em Santa Catarina.
Fonte: www.finalsports.com.br
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